2005-04-13
O caso VARIG
A Varig está a passar, desde há uns bons meses, por dificuldades financeiras acrescidas e, como é lógico, esta situação tem impactes perversos na sua operacionalidade. Há uns meses atrás até se ouviu falar de que a TAP estaria interessada em participar na sua recuperação. Só que então o ambiente entre as chefias da TAP não evoluia da melhor maneira. O Ministro Mexia lá mexeu nessa situação e Fernando Pinto passou e bem a ter uma situação mais cómoda e mais operacional. Não sei é se este episódio trouxe algum atraso em termos de posicionamento face à situação da Varig.
Na verdade, o accionista da Varig , Fundação Ruben Berta, lançou um processo de procura de um parceiro que lhe injecte uns quantos milhões de dólares. E seria excelente, dado o carácter estratégico deste mercado para a TAP, que os interesses portugueses não perdessem o pé neste negócio.
Bem, ouve-se dizer que estarão dois grupos portugueses no encalce deste negócio. Só espero que não se digladiem tanto que o negócio vá bater a um terceiro, com todos os efeitos negativos daí decorrentes.
Comments:
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Pode ser mais um exemplo de como o voto pio dos centros de decisão em Portugal não passam de um bluff.
O que é isso, "interesses portugueses"?
Os interesses do Estado português? Mas eu não sou o Estado.
O interesse de uma companhia cuja maioria de capital é de cidadãos portugueses? Mas eu não sou um deles.
O interesse dos gestores portugueses? Mas eu não sou gestor.
O interesse de uma companhia que emprega muitos portugueses? Essa companhia não está necessariamente sedeada em Portugal.
O interesse de uma companhia sedeada em Portugal? Mas ela pode ter a maior parte dos seus negócios no estrangeiro.
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Os interesses do Estado português? Mas eu não sou o Estado.
O interesse de uma companhia cuja maioria de capital é de cidadãos portugueses? Mas eu não sou um deles.
O interesse dos gestores portugueses? Mas eu não sou gestor.
O interesse de uma companhia que emprega muitos portugueses? Essa companhia não está necessariamente sedeada em Portugal.
O interesse de uma companhia sedeada em Portugal? Mas ela pode ter a maior parte dos seus negócios no estrangeiro.
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