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2005-05-16

 

Alta Velocidade [2]

Rui Rodrigues no suplemento "Carga & Transportes" do Público de hoje defende que "A opção para o TGV é a linha mista". O artigo não está on line mas é possível consultar o site onde se encontram vários trabalhos seus em www.maquinistas.org.
Apesar de haver outras opiniões de que no entanto não conheço a fundamentação, deste e outros estudos podem tirar-se algumas conclusões. Pelo menos provisórias.
- Tendo em conta os elevadíssimos custos não faz sentido fazer uma linha de AV para passageiros e outra linha férrea para carga, de bitola europeia, que já não teria de ser de AV>250Km/h . Portanto a opção deverá ser linha mista.
- O caso seria diferente se as nossas linhas férreas tivessem a bitola europeia [distância entre carris de 1.435 mm. A bitola ibérica é maior. Agora queremos comunicar. Antes, pelo contrário, para que os "Napoleões" não pudessem invadir-nos mais facilmente.RN]. Nesse caso a via férrea clássica (melhorada) serviria para as mercadorias que viajassem a 120 ou 150Km/h.
- Linhas mistas são desaconselháveis no caso de tráfego muito intenso de passageiros (mais de 25 ou 30 comboios por dia no mesmo sentido) essa a razão de ser de várias linhas de AV no centro da Europa exclusivas para passageiros.
- A Espanha vai colocar terminais de linhas mistas e bitola europeia na fronterira portuguesa que dão ligação para Vigo, Salamanca, Badajoz e Huelva.
- O Troço Barcelona-França será de linha mista enquanto que entre Madrid e Barcelona haverá linhas separadas porque entre estas cidades o tráfego de passageiros esperado é muito intenso, da ordem dos 14 milhões de passageiros por ano enquanto que entre Lisboa e Madrid se prevêm 4 milhões. Algo da ordem dos 20 mil passageiros por dia, para cá e outros tantos para lá, em média.

Comments:
O artigo que também li, se a informação de base não merecer contestação, veio reduzir as minhas dúvidas sobre o TGV misto. Uma das questões que colocava era o do fluxo esperado de passageiros que segundo o artigo é apenas de 4 milhões/ano, valor muito aquém para justificar um TGV só para passageiros.
 
Não li o artigo. E percebo a questão, mas será que para o transporte de mercadorias a actual linha não serve ?
(é mesmo uma pergunta pois não faço nenhuma ideia sobre o assunto)
 
Esse é um dos aspectos de toda esta questão. Portugal não tem linhas compatíveis com as da UE, o que coloca problemas de interoperabilidade. Daí, segundo os especialistas ou terá de haver uma linha mista ou duas independentes.
 
Sobre o tema da AV alinho com as dúvidas aqui colocadas pelo Rui Lopes. São dúvidas de índole economico-financeira.
 
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