2005-05-28
A Justiça não é um oásis
No Expresso de hoje o juiz desembargador, Afonso Henrique Ferreira, critica a decisão do Governo de reduzir as férias judiciais de dois para um mês " que nada teve a ver com a invocada celeridade processual e o que se quiz foi passar a ideia de que se estava a pôr na ordem as "corporações" dos magistrados. E Henrique Ferreira tenta salvar a honra do convento com a sentença "apontam-se como culpados aqueles que dão o melhor de si pela Justiça".
A redução das férias vale pouco em si. Vale como sinal e foi isso que foi saudado. Até se pode convir que seria uma medida errada se os atingidos fossem portugueses exemplares que as usavam para o estudo de complicados processos e a substancial melhoria da Justiça.
Independentemente da medida governamental é preocupante é que a Justiça seja ou se torne um mundo à parte, autoprotegido e sem controlo democrático. Ora os magistrados não são muito diferentes, como homens ou mulheres, dos restantes portugueses.
A posição que decorre daquela acima sublinhada frase, como de outros trechos do seu artigo, é que o juiz desembragador toma o todo da sua classe como exemplar e isso remete a sua opinião para o discurso apolegético dos interesses "corporativos". Ora do que o país necessita é de boa Justiça e não se comove mesmo nada com a defesa de privilégios corporativos mesmo que de magistrados.
Terão força moral para defender a classe e a minha simpatia, aqueles magistrados ou agentes da Justiça, que ao mesmo tempo denunciem publicamente as ineficiências, a burocracia, os abusos, os parasitas, os que não trabalham, os corruptos, os seus pares que estão na Justiça como erva daninha em boa seara. Porque os há como em todas as outras classes profissionais ou instituições do Estado.
Dizer que "apontam-se como culpados aqueles que dão o melhor de si pela Justiça" é tomar os melhores pelo todo. Por esse critério podemos dizer de todos os portugueses que dão o melhor de si pela nação, sem excluir os que manifestamente dão o melhor de si para se esquivarem a tal.
A redução das férias vale pouco em si. Vale como sinal e foi isso que foi saudado. Até se pode convir que seria uma medida errada se os atingidos fossem portugueses exemplares que as usavam para o estudo de complicados processos e a substancial melhoria da Justiça.
Independentemente da medida governamental é preocupante é que a Justiça seja ou se torne um mundo à parte, autoprotegido e sem controlo democrático. Ora os magistrados não são muito diferentes, como homens ou mulheres, dos restantes portugueses.
A posição que decorre daquela acima sublinhada frase, como de outros trechos do seu artigo, é que o juiz desembragador toma o todo da sua classe como exemplar e isso remete a sua opinião para o discurso apolegético dos interesses "corporativos". Ora do que o país necessita é de boa Justiça e não se comove mesmo nada com a defesa de privilégios corporativos mesmo que de magistrados.
Terão força moral para defender a classe e a minha simpatia, aqueles magistrados ou agentes da Justiça, que ao mesmo tempo denunciem publicamente as ineficiências, a burocracia, os abusos, os parasitas, os que não trabalham, os corruptos, os seus pares que estão na Justiça como erva daninha em boa seara. Porque os há como em todas as outras classes profissionais ou instituições do Estado.
Dizer que "apontam-se como culpados aqueles que dão o melhor de si pela Justiça" é tomar os melhores pelo todo. Por esse critério podemos dizer de todos os portugueses que dão o melhor de si pela nação, sem excluir os que manifestamente dão o melhor de si para se esquivarem a tal.
Comments:
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Não sei quem é esse senhor juiz desembargador. Mas assume uma postura de lóbi, tão parecida à que assumem os sindicatos que sobretudo defendem os mais baldas. E não tem havido governo de direita ou de esquerda que rompa com isto. Acho que o País vai para o abismo, até porque face a umas medidas minimamente de equiparação, até já a polícia ameaça greve. Não dá. Ana Esteves
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