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2005-05-10

 

O machismo ao contrário

Este texto é um pequeno desabafo. Na semana passada passei umas curtas férias em Lisboa com os meus filhos, a mãe deles ficou por Paris a trabalhar. A viagem Paris-Lisboa correu sem grande história. Á volta ao apresentar-me no check-in, a senhora da ANA decidiu pedir-me a autorização para viajar com as crianças. Lá lhe expliquei que era o pai e não precisava da autorizaçao ao que ela me respondeu: é uma medida para evitar que os pais fujam com as crianças em caso de divórcio. Acontece que os meus filhos têm viajado muitas vezes com a mãe (e sem o pai) e nunca nessa situação tal lhes foi pedido. Finalmente lá convenci a senhora que se quisesse fugir com os meus filhos não voltaria a Paris.

Uma frase da última página do meu passaporte reza assim: Os menores, quando não acompanhados por quem exerça o poder paternal, só podem entrar e sair do território nacional exibindo autorização para o efeito..

Este episódio mostra o que dá investir poderes que normalmente cabem ao estado, neste caso o SEF, a gente sem preparação.
Comments:
E se fosse só essa a asneira ainda vá que não vá...
 
A falta de preparação de alguns "servidores do Estado" é grande e no contacto com o público mais atrapalham que resolve.
Outra observação é o poder paternal! Então e o poder maternal. No tempo do "botas" é que só o pai mandava nos filhos e na mulher. Mas a lei de agora ainda discrimina a favor do pai?
Afinal meu grande malandro vieste a Portugal e não deste cavaco! assim ainda me obrigas a ir a Paris!
Um abraço.
 
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