2005-05-12
A Taxa única? Pois pois.
Miguel Cadilhe e António Borges, num "painel sobre custos de contexto" (telejornais, ontem, imprensa diária hoje) defenderam a taxa única, designadamente do IRS. E garantem que para aí se caminha.
Espero que não.
Razões a favor da taxa única: simplificava o trabalho de recolha dos impostos.
Por acaso também resultava uma poupança catita em impostos aos altos rendimentos. Assim um casal com rendimento mensal de 25 mil euros poderia poupar no fim do ano, em IRS, uns 70 mil . Os rendimentos médios e médios baixos não pagariam menos ou pagariam mais.
Globalmente perderia o Estado? Não, perderíamos os menos ricos, com menos bens sociais em geral.
A minha proposta é uma proposta "sueca", abrir o leque aos escalões. E rendimentos muito elevados, dos 20 mil aos 80 mil ou mais, euros por mês, taxas acima do actual máximo de 40% e escalonadamente até aos 57% como lá fora. Na Escandinávia.
Comments:
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Quase custa a acreditar. Em que país pensam estes homens que vivem para nos presentearem com estas estranhas aleivosias. Salta à vista de qualquer. que se caminhava para uma maior desigualdade. Resolvam de vez o problema fiscal que é vergonhoso continuar a perceguir só aqueles que cumprem e esses são os trabalhadores por conta de outrem, e deixem-se de inventar.
De vez em quando, alguns economistas de renome apresentam propostas que qualquer simples mortal percebe tratar-se de um murro no estômago para aqueles que não pertencem à órbita das elites. Nunca vi esses especialistas proporem medidas que afectem a sua situação económica. Por exemplo, estabelecer-se um tecto salarial para os administradores das empresas públicas. Talvez não seja uma questão prioritária, mas é interessante saber a justificação para esse fenómeno, que coloca Portugal nos lugares cimeiros, nesse domínio.
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