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2005-06-25

 

1327 Professores

Segundo anunciou José Sócrates ontem no Parlamento, no debate mensal orientado para os problemas da educação, existem 1327 professores ao serviço dos sindicatos, cujos salários saem do erário público (pouco menos do que dois milhões de €/mês). Segundo o PM já está negociada com os sindicatos uma redução substancial deste número para 400, a partir do práximo ano lectivo. A questão que coloco é nos outros sindicatos e empresas públicas qual é o número dos que fazem trabalho sindical também a custas do erário público? Deve ser muito superior a este. Registe-se que alguns dirigentes dos professores admitiram publicamente alguns excessos nese domínio. Uma nota adicional: tenho informação de que o Governo de Carlos César já algum tempo que tem esta situação resolvida.

Comments:
Pelos meus conhecimentos, nas empresas públicas de transportes o peso é igualmente excessivo tal como acho estranho como é estando na administração pública a cometerem-se uma série de decisões com vista a evitar as progressões automáticas, esse tipo de mdidas não estar a ser aplicado nestas empresas, estando-se, antes pelo contrário, a criar novos mecanismos no género.
 
Como já disse num comentário anterior os sucessivos governos são responsáveis pela situação ao promoverem a multiplicação de sindicatos fantasma, apenas numa lógica de dividir para reinar. Há "sindicatos" quase sem associados, mas que são úteis para fingir que se assinam acordos.
José Manuel
 
E talvez por atitudes semelhantes é que Carlos César seja reeleito nos Açores enquanto que no Continente, a regra é a rotação partidária governo após governo...
 
O governo deveria por uma questão de informação pública informar, por exemplo na AP, quanta gente há nesta situação. Depois nos CTT, PT, EDP, Galp, Carris, CP., etc.a sensação é de que há muitos, muitos. Ana Esteves
 
Também sou professora e fiquei muito admirtada quando a imprensa falou em uns 20 sindicatos de professores. Acredito que haja vários criados por governos que querem dividir para reinar. Mas contaram-me que também alguns foram criados por meia dúzia de professores só para que alguns passassem a vida fora das turmas e dos exames.
 
A questão que se põe é que o número de dirigentes/delegados sindicais deveria ter de ser proporcional à sua representatividade, por um lado. E por outro tenho muitas dúvidas quanto á questão do pagamento pelo estado dos Dirigentes sindicais a tempo inteiro.
 
Fiquei com a ideia, não a certeza de que a renegociação para os 400 teve na base a representatividade. Pelo menos foi a conclusão que retirei de uma intervenção na TSF de um dirigente da FENPROF, Augusto Pascoal. Continuo a achar demasiado e comungo da duvida do Pedro Farinha: será que compete ao EStado financiar dirigentes sindicais a tempo inteiro?
 
Tudo isto é escandaloso. Muitos governos pactuaram com esta situação. Já agora apoiemos Sócrates a moralizar as hostes. Se isto for moralizado e numa proporção grosseira, o EStado central deverá poupar por ano só nesta moralização mais de 120 milhóes de euros. É uma maquia.
 
O que vão fazer a estes professores? Será que ainda sabem ensinar? Ou nunca ensinaram?
 
Acabo de ouvir na SIC que certas escolas distribuiram fichas de inscrição escritas "FIXAS". Pergunto-me: Serão professores destes que reivindicam a reforma mais cedo? Nunca deveriam ter sido professores. É imperdoável. Os sindicatos rejeitam a avaliação? Respondam, façam propostas também para serem avaliados naquilo que propõem.
 
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