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2005-06-23

 

A "gaffe" da Ministra

É verdadeiramente ridícula, pelo exagero, a atitude do PCP, da sua deputada Luisa Mesquita, na AR, de Paulo Sucena da FENPROF, de Alexandre Baptista Coelho da Associação Sindical dos Juizes, bramando, reclamando intervenção do PR, contra a ministra da Educação.
Porquê? Porque ontem à noite na Sic Notícias a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues cometeu um lapsus linguae. Quando se referiu ao despacho do tribunal dos Açores sobre os serviços mínimos aos exames disse que "tal não dizia respeito à República Portuguesa". Depois de esclarecimentos do ministério a própria ministra veio com simplicidade e dignidade esclarecer que queria ter dito que o despacho afectava apenas os Açores e não todo país ou o resto do país. E que ela ministra é simplesmente uma pessoa e que, como qualquer pessoa, pode numa intervenção de improviso e situação de tensão cometer um lapsus linguae.
Jerónimo de Sousa e todas aquelas ilustres figuras públicas referidas não pediram a sua demissão, nem a queda do Governo mas apenas por recearem maior ridículo. Terão pensado que a ministra julgaria que os Açores faziam parte das Filipinas, ou da República do Suriname? Mas que explica aquela excitação, aquele excesso, aquela fúria? A grande derrota da irresponsável greve aos exames que a ministra impediu.
Compreendo o seu desespero ao imaginar o que ambicionavam e foi frustrado: o caos nas escolas, centenas de milhar de alunos e famílias em angústia a protestarem, em última análise contra o Governo. E os sindicatos, Jerónimo de Sousa, Luísa Mesquita, Paulo Sucena e fora do baralho escolar mas dentro do baralho alargado da contestação, Alexandre Baptista Coelho, a proclamarem que o actual Governo afinal é incapaz, tão incompetente como o da direita que não foi capaz de colocar os professores.

Comments:
Independente do lapso da Srª Ministra, o que é real é que a decisão do TA de Ponta Delgada não incidiu sobre matéria da República mas sobre uma providência cautelar dos Serviços de Educação do GR Açores. Segundo facto, apesar da situação favorável aos professores, houve exames sem problemas. O rídiculo da reacção face às duas posições da Ministra, antes e depois do lapso,não passa disso: só ridicularizou quem assim reagiu tão destemperadamente. Ana Esteves
 
Mesmo que a reacção tivesse sido um pouco exagerada, relembro que perante uma situação idêntica (o lapsus linguae de Mariana Cascais sobre a religião maioritária em Portugal, que foi confundida com "oficial") os deputados do PS (os mesmos que agora se indignam) exploraram o assunto até à exaustão. Nada mais, faz parte do "teatro" da retórica parlamentar. Grave, porque não é um lapsus linguae, é o pensamento subjacente a esta expressão que é a desvalorização duma sentença judicial e a ideia que fica que é a de que este governo só está disposto a cumprir as leis que lhe agradam e a ignorar as que lhe desagradam. É o desprezo pelo estado de direito.
José Manuel
 
Ó José Manuel já percebi que o que lhe dói com o estado de direito é a ministra ter inviabilizado com a ajuda dos professores aquilo que o PCP, a Fenprof e outros tanto desejavam que era pôr de pantanas os exames, a escola e se possível o governo. Tudo isso, pondo em causa a governabilidade do país, para defender alguns privilégios dos professores que aliás muitos aceitam perder desde que a coisa toque a todos,e para mais uns votos para o BE E O PCP.
António Cruz
 
Caro António Cruz:
Eu não sou professor. Embora tivesse tido uma curta experiência profissional como professor preferi mudar de carreira, uma vez que as perspecivas profissionais de quem segue a carreira docente são muito más. Actualmente a carreira docente só é atractiva em áreas muito especificas onde não há alternativas. Acha mesmo que os supostos "privilégios" dos professores são suficientes para que os melhores alunos das carreiras técnicas e científicas sejam atraídos para a docência? No entanto isto é essencial para o desenvolvimento do país. A não ser que considere um "privilégio" andar a percorrer o país de norte sul, sempre a mudar de escola todos os anos, por um vencimento de 1200 euros e ao fim ver a progressão congelada.
Não são as greves que põem os governos de pantanas. A experiência dos ultimos 10 manos mostra que são eles que se põe a si próprios de pantanas, devidos às contradições das suas políticas.
Já aborrece tanta mentira e demagogia.
José manuel
Já aborrece tyanta mentira e
 
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