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2005-06-22

 

Greve da GNR e da PSP?

Os sindicatos da GNR e da PSP também querem greve. Um dos sindicalistas dizia para a rádio que "o Governo quer atacar a saúde da forças de segurança!"
Que provoca a ira dos sindicatos da GNR e PSP?
O Governo querer acabar com os regimes especiais das forças de segurança e atribuir-lhes as condições da ADSE, da função pública.
Diferenças: na GNR e na PSP o número de benefiários é alargado a mais familiares do que na ADSE de modo que:
. para 46.726 elementos da GNR (activo+aposentados) há 123.061 beneficiários.
. para 38.313 elementos da PSP (activo+aposentados) há 102.727 beneficiários.
A GNR e PSP tem comparticipação nos medicamentos de 100% para aposentados e familiares,
uso gratuito de hospitais militares, postos de saúde próprios da PSP e GNR, instalações clínicas da GNR. Não descontam para a assistência na doença.
O Estado gasta com cada beneficiário: da GNR 1.697 €; da PSP: 2.207 € e da função pública 1.071€.

• Despesa orçamentada p/ 2005: € 96 milhões
• Despesa previsível em 2005: € 165 milhões
• Dívida de 2004, por pagar: € 73 milhões

O Governo o que devia era alargar a todos os portugueses a situação dos elementos das forças de segurança. Não era nada de mais. Mas...

(Fonte: Ministério da Administração Interna.)
Comments:
Todas sa medidas chamadas dificeis têm de merecer do governo o cuidado de uma informação atempada, consequente e séria!
Só assim poderá ser melhor compreendida e julgada pelos cidadãos,alguns dos quais os próprios atingidos.
Nem toda a gente lê blogs e particularmente este,não é Raimundo?
 
Seria muito interessante completar este trabalho com a informaçao sobre os encargos com o cidadão "normal".
Não está disponível esta informação?
Com o cuidado indispensável de não nos atirar uns contra os outros, esta informação seria esclarecedora.
Cumprimentos
 
Muito bem. Há uma área sagrada que nunca se refere: a dos militares. Tdos gostaríamos de saber isto por segmentos. Não é para entrar numa de divisões, mas de conhecer a situação real.
 
Caro GP tens toda a razão. Uma boa comunicação é essencial para qualquer política de qq Governo mais ainda nestas circunstâncias. Os dirigentes sindicais estão a par de tudo e mais, estão a negociar e em perspectivas de acordo sobre grande parte das matérias. Mas uma boa greve dá-lhes poder!
Caro "Pindérico"(sem ofensa)pois seria muito interessante esse dado. Se com os funcionários públicos o Estado gasta 1.070 € por ano com o cidadão comum gastará talvez metade. É apenas um palpite.
Caro anónimo também estou com grande curiosidade. Creio que o Governo também vai fazer os militares participarem na austeridade porque eles já estão a resmungar com a perspectiva do desaparecimento da situação de reserva que é de acto uma reforma disfarsada a partir dos 50, 53 ou no máximo 56 anos, com vencimentos e quase todas as regalias do activo. Justificado com a total disponibilidade poderem voltar ao activo para alguma guerra que por aí apareça.E como se sabe a probabilidade é..enorme!!!
 
gostava de saber porque é que se refere que essas classes, forças de segurança e militares têm despesas com os subsistemas de saúde superiores aos outros, mas se esquecem que ao contrário dos portugueses em geral essas classes (pelo menos algumas delas) têm descontos específicos no salário para esses subsistemas de saúde, ou seja, enquanto o cidadão normal desconta dos IRS para o SNS, essas classes, além do IRS que é igual ao do cidadão normal, ainda têm um desconto específico para o seu sub-sistema de saúde ...
A honestidade intelectual, manda que se olhe para as despesas e para as receitas e não só para as despesas
 
quanto à reserva que tanto falas, esqueces-te que muitos deles têm muitos anos de descontos, se calhar perto de 40 anos, se calhar muitos deles andaram a malhar com os ossos na guerra a defender o teu país (por muito que não concordasses com o regime de então) enquanto outros andavam por cá a brincar a fugirem à guerra, já para não falar nos cobardes que se exilavam, esqueces-te que os militares não podem fazer greve ao contrário de qualquer outro cidadão em portugal, esqueces-te que desconto para ter um sub-sistema de saúde próprio, que os beneficiários em excesso que tanto falas, são normalmente os filhos até atingirem a maioridade (pois é aos 18 anos perdem o direito), que na reserva ao contrário do que dizes, o vencimento não é igual, é bem pior que na reforma, porque esses têm impostos mais baixos e descontam muito menos ...
foda-se estou farto dos aviltamentos feitos aos militares, quando será que esta merda de intelectualóides entende que um país sem forças armadas é um país incapaz de ser soberano, pois não tem qualquer capacidade de defesa relativamente a inimigos externos ... será que achas que o mundo não muda ? a história está cheia de povos que pensavam o mesmo e as suas formas de governo acabaram ...
 
O militar até teve alguma graça. Sem chacota, naturalmente. Então não é que andaram a defender o "meu" país? E deles não era (é) também?
Chamar cobardes aos que tomaram opções diferentes é muito forte!
"Um país sem forças armadas é incapaz de ser soberano."!!!
E se as tiver, é?
E fazem o quê?
É preciso não desconhecer a filosofia política para se perceber que o militarismo não é hoje a solução (se é que alguma vez foi!).
Se o fosse e as condições o permitissem, Aljubarrota não se repetiria. Nem foi preciso!
O dinheiro fala mais alto!
E por isso se discute como gerir e repartir melhor os poucos recursos que ainda temos.
Não pode haver lugar a uma discriminação positiva quando tantos estão abaixo do limiar do desejável ou aceitável. Estou a falar dos "sub-sistemas" de saúde.
Que são a vergonha de um país que se pretende evoluido.
 
Só para elucidar o 'militar': em Portugal só os funcionários públicos é que podem fazer greve! E já agora: queria fazer greve nas Forças Armadas para que? Para reclamar regalias que a generalidade dos portugueses não têm? É preciso ter lata!!!!!
 
Eu sugeri que "com o cuidado indispensável para não nos atirar uns contra os outros..."
Já agora, caro Raimundo, "pindérico" não é só sinónimo do que insinua!
 
A Confusão Militar:
Que pouco tem a ver com o sub-sistema de saúde.
E mais com uma grande Instituição que passou de mais de 100 mil militares para o sistema actual 17/17 - um quadro por soldado (a sério)*, 150 generais mal pagos. Com ambição de ganhar o «estatuto» de «jubilados» identico ao dos juízes, tal foi uma das suas ambições recentes.
* Estamos a ver a Auto-Europa, com 17 mil engenheiros e bachareis para 17 mil operários.
Haja OE que aguente.
BM - outra visão militar.
 
O nº de comentários revela que o tema é interessante e para alguns mesmo apaixonante. É natural quando toca no nosso bolso. Difícil é, sendo-se atingido ter a frieza para avaliar em termos sociais o que é "justo" e o que não é. Houve curiosamente reacções azedas a um post sem nenhum comentário que se limitou a expôr uma realidade não contestada.
Ao segundo anónimo que diz:
"essas classes,[GNR e PSP] além do IRS que é igual ao do cidadão normal, ainda têm um desconto específico para o seu sub-sistema de saúde ...
A honestidade intelectual, manda que se olhe para as despesas e para as receitas e não só para as despesas"
Caro anónimo não fica bem processos de intenção mas aceito que as minhas observações possam ser incompletas ou injustas ou erróneas. O que espero é comentários que corrijam, demonstrem o contrário, etc, porque ninguém aqui quer transformar o Puxa Palavra em central de propaganda seja do PS ou do Sócrates ou outros quaisquer ou em poleiro de ataque a que classe profissional for.
Portanto dados, factos, informação e naturalmente tb opiniões mas de preferência sustentadas.
O meu amigo diz que os elementos das forças de segurança, que, garanto-lhe, muito prezo, fazem descontos específicos para o seu sub-sistema de saúde mas é o que acontece com a função pública a que o Governo os quer equiparar. Descontam 10% do vencimento para a aposentação (CGA)e 1% para a ADSE e com o homem da rua, como eu, passa-se o mesmo ou equivalente. Em vez de 10%+1% desconta para a Segurança Social (reforma, saúde sub-desemprego) 11% do seu salário.

Quanto ao militar anónimo que dá motras de ser das minhas relações e trouxe alguma hilariedade à discussão, o que agradeço,
gostaria de aconselhar serenidade e argumentos em vez de obscenidades pois estas não substituem aqueles e só deixam mal quem as profere. Para uma sua observação serve a resposta acima ao anónimo anterior.

Agora quando diz:

"que os beneficiários em excesso de que tanto falas, são normalmente os filhos até atingirem a maioridade (pois é aos 18 anos perdem o direito)"

convém ter presente que não falei de beneficiários de membros das Forças Armadas mas apenas da GNR e PSP.

"que na reserva ao contrário do que dizes, o vencimento não é igual, é bem pior que na reforma, porque esses têm impostos mais baixos e descontam muito menos f... estou farto dos aviltamentos feitos aos militares, quando será que esta m... de intelectualóides entende que um país sem forças armadas é um país incapaz de ser soberano..."

Ora caro e um pouco descontrolado militar anónimo talvez tenha razão no que diz. Mas o que agradecia, eu e os leitores, era que nos esclarecesse com uma informação rigorosa e ao seu alcance. Diga-nos, se nos quer esclarecer e convencer, com factos em vez de impropérios,exactamente o que se passa.
Quanto aos "intelectualóides" o que se oferece dizer é que isso é um tiquec, um preconceito "obreirista" e "demodé" há pelo menos meio século.
 
ponto 1 - os hospitais militares por definição, são hospitais de campanha e não são hospitais de carácter físico, mesmo que os mesmo estejam em instalações fisicas permanentemente em algumas infra-estruturas, o que não quer dizer que ao contrário dos outros não possam ser mudados a qualquer altura
ponto 2 - as despesas dos hospitais militares saiem do orçamento do ministério da defesa e não do ministério da saúde
ponto 3 - os militares descontam para o seu sub-sistema de saúde e em regra este funciona melhor que a ADSE, tanto que o Estado durante os últimos anos andou a descapitalizar estes sub-sistemas de saúde para sustentar a ADSE e a segurança social
ponto 4 - os militares são os únicos cidadãos deste país que não têm direito à greve, ou seja estão manietados nos seus direitos
ponto 5 - a taxa de irs diminui na reforma, o que não acontece na reserva que se mantém todos os descontos do activo
ponto 6 - ao contrário desses grupos de interesses que agora tanto falam, os militares passaram por um processo de redução significativa de efectivos (com cavaco silva, guterres, barroso) só tendo começado a aumentar a metade do consolado de Paulo Portas com a profisionalização das forças armadas, venda de instalações (muitas vezes compradas por autarquias e outros organismos estatais, mas poucas por privados, nalguns casos mesmo o estado lixou-se porque tinham sido doados com a condição de serem utilizados unicamente para instalações militares) sem tugirem, nem mugirem nem virem para a rua promover a perturbação social
ponto 7 - portugal com a sua presença na nato e na osce tem obrigações quanto aos gastos nas forças armadas, que estão estudados internacionalmente para garantirem a operacionalidade das forças armadas (durante os governos do guterres desde os custos da gnr, aos da polícia e aos da missões da onu comparticipadas por Portugal, através do MNE, tudo serviu para aumentar oartificialmente estes valores para atingirem esses números)
ponto 8 - fala dos descontos para a segurança social, os descontos dos militares para a segurança social daqueles que estão na reserva ou reforma, começaram numa altura em que a maior parte dos portugueses não descontava para a segurança social e depois veio a beneficiar dela, além do mais a saúde é financiada via irs e não via segurança social
ponto 9 - era e é o nosso país e nós somos os únicos que parece que sabe o que é sacrificar-se por eles ao contrário de muitos que por dá cá aquela palha têm benefícios escandalosos e quando se vêm pôr em causa esses benefícios arranjam forma de prejudicar o comum dos cidadãos, no dia em que os militares pensarem nisso, há um golpe de estado, não há greves nem manifestações, quanto ao militarismo que tanto ataca, é ele que está por detrás do desenvolvimento tecnológico de ponta dos eua e não os silicon valleys que muitas vezes usam a tecnologia que os militares já desenvolveram e já passaram ao próximo nível
ponto 10 - quanto ao cá te espero, perceba duma vez por todas qe os militares fizeram o 25 de Abril porque não queriam morrer mais em África, devido à ausência de liderança no país, houve alguns militares que envergonharam o corpo dedicando-se a actividades políticas, mas foram os militares que puseram isto na linha fazendo o 25 de Novembro e podendo ficar com o poder foram eles que abriram mão dele para os políticos
ponto 11 - quanto ao bravomike tem que perceber que não são os militares que fazem as leis, nem os orçamentos de estado, embora no ministério da defesa não existir sub-orçamentação como nos ministérios da saúde e da educação, já que os militares sabem o que é cumprir orçamentos (se quiserem ver bons exemplos, além das contas dos quartéis, olhem para a cooperação técnico-militar versus a cooperação que o MNE e restantes ministérios fazem e pagam) logo não são eles que determinam o número de patentes que existem, mas é óbvio que o seu ódio não o deixa perceber uma coisa tão simples - podia perguntar então porque o governo não reformou mais militares de alta patente - sabe o que aconteceu a uns quantos que aceitaram esses negócios de antecipação de reforma, porque é o estado que as incentiva e não são os militares que estão particularmente interessados em a promover, acabaram por ser lixados, quando o estado depois mudou as regras e que os pressupostos para fazerem a antecipação das reformas terem sido todos torpedeados, ou seja, foram enganados pelo estado português e os tribunais administrativos embora admitam a razão, dado o elevado número e o impacto que isso teria nas finanças, optou por dar razão mas não dar o direito à retribuição que lhes tinah sido prometida (foram roubados pelo estado)

A verdade raimundo narciso é que estamos fartos de ver uma corja que nada faz pelo país andar sempre a reclamar por tudo e por nada e andar a entalar o cidadão comum e cada vez que se lembram de cortar começam por nós ... Sabia que devido aos embustes do PS antes do Paulo Portas ter levado a cabo a tarefa de redefinição do conceito estratégico de defesa nacional e do re-equipamento das forças armadas, os senhores guterres e vitorino já eram postos de lado de algumas reuniões com os aliados mais importantes da nato ? É que quem quer andar nos aerópagos internacionais a botar faladura e a meter-se nas decisões. tem que ter forças armadas credíveis, caso contrário enm os deixam entrar ...
Se há muitos preconceitos contra nós, é porque meia dúzia envergonharam o nosso nome, mas não o fizeram o dos outros sectores da sociedade ?
Os militares ao contrário, dos juízes, dos professores universitários, dos altos quadros da administração pública, dos políticos nunca tiveram um aumento de 20 % num ano no tempo do Sousa Franco (tiveram 5 %) ...
Os militares para progredirem na carreira, têm que prestar provas, fazer cursos (e não são cursos de pintura de azulejos como fazem alguns professores de biologia, por exemplo), que nem todos conseguem fazer, não têm promoções automáticas, a não ser as dioturnidades ...
há coisas más, há miltares maus profissionais e oportunistas (e não os há nos outros sítios), mas a generalidade são pessoas com orgulho no país e que se dedicam à pátria, pondo em risco a própria vida se fôr necessário ...
quanto aos generais que na maioria são comissários políticos, são normalmente feitos da mesma massa que os políticos e fico-me por aqui na apreciação e que cada um pense o que quiser ...
 
Caro comentador militar agradeço-lhe vivamente a sua contribuição para o debate. Teremos provavelmente aqui ou noutras ocasiões oportunidade para tratar dos assuntos dos militares e das FFAA que são muito importantes mas em geral mal conhecidos e pouco discutidos.
 
A imagem da PSP e da GNR dada por aqueles sindicalistas do BE ou do PCP ou dos dois só lhes vai fazer perder a confiança das pessoas naquelas forças que deviam ser de segurança.
 
Os militares e as forças militarizadas já não têm muito de que se queixar, basta consultar a www.cga.pt e verificar quão distante está a maioria da AP em termos de regalias sociais.Em termos de vencimentos pergunto: Um elemento da GNR ou da PSP das classes remuneratórias mais baixas que hoje se reforme tem 2 vantagens em relação aos restantes AP. 1ª Menos tempo de serviço
2º Melhor vencimento
Agora pergunto
Quantos ex Oficiais milicianos não licenciados que trabalham na AP" minimo 5º e 7º Ano" usufruem os vencimentos de um agente principal"4ª Classe"? Muito poucos em média 1100Euros
Quantos Ex sargentos milicianos usufruem o vencimento de um guarda da GNR "4ª classe"?Muito poucos, para menos. Em termos comparativos um soldado do tempo em que a habilitação era a obrigatória"4ª classe" reforma-se actualmente com a aproximação a 1400 Euros.
Portanto não está tão mau assim meus senhores que agora tenho que andar até aos 65 anos.
 
Será possível um elemento da PSP ou da GNR estar-se a queixar de regalias, quando o deles está sempre garantido e o trabalho fica por fazer?
Na hera actual será possível um cidadão apresentar-se numa esquadra ou posto policial para apresentar uma queixa e demorar três ou quatro horas para se formalizarem meia dúzia de linhas toma cá no final da reforma 250 contos de reforma e os sindicalista virem dizer que apenas levam para casa 700Euros? O que faz um cabo chefe para actualmente levar para casa 260 contos limpinhos ao fim do mês quando na AP para que isso aconteça terá que ser uma pessoa licenciada(se calhar também nada produz)e com uma dúzia de anos no lombo. Há profissionais na AP a ganharem 300Euros, meus senhores e não se queixam
 
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