2005-06-15
Mais forte na morte que em vida
O cortejo fúnebre de Álvaro Cunhal foi uma manifestação grande como se não via desde os tempos da revolução. Cunhal conseguiu assim, na morte, o que já não conseguia em vida.
Não me surpreendeu. Nem a grandiosidade, nem a presença de povo de todo o país, especialmente do Alentejo da Reforma Agrária, nem a comoção sincera dos que se vieram despedir do seu ídolo.
São muitas e conhecidas as razões deste afecto, adoração quase religiosa, em muitos casos. Mas talvez prevaleça a da entrega total de um homem à defesa dos explorados sem querer nada para si.
Para muitos dos que o acompanharam na despedida, Cunhal é o exemplo, elevado ao sublime, do político ao serviço de uma causa justa. Por isso este cortejo, pelos muitos testemunhos explicitados às televisões, é também o repúdio dos que estão na política para se servirem a si.
Comments:
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Será que como moral da história de tudo quanto se disse sobre a "coerência" de Cunhal,quererá dizer que "incoerentes" foram todos os dissidentes do PCP ao longo dos últimos 60 anos?
Lília João
Lília João
Olá Lilia João! Defacto quem enche a boca com a coerência de Cunhal são 1)Os que se sentem beneficiados na luta política com tamanha(in)coerência.
2)Os que se sentem incoerentes.
3)Os que confundem coerência com a teimosia. Tão comum naquele animal em extinção e agora com apoios comunitários para que se não extinga a espécie denominado burro.
Uma respeitosa vénia
RN
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2)Os que se sentem incoerentes.
3)Os que confundem coerência com a teimosia. Tão comum naquele animal em extinção e agora com apoios comunitários para que se não extinga a espécie denominado burro.
Uma respeitosa vénia
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