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2005-06-08

 

Não aos Diabos

Talvez o tom ou o ênfase me traia dando ao caso arroubos de paixão mas o que te garanto é que por mais que busque não encontro, nos meus anteriores posts sobre o Tratado de Constituição Europeia (TCE), sobre os NON e os NEE, semente de diabolização dos "NÃOS" com que magnanima mas ingloriamente me queres enobrecer.
Não estão a perceber o que se passa? É que isto não é um post mas um comment ao comentário do Manuel Correia, aqui em baixo, no Galo de Barcelos.
Eu, como qualquer um de nós, acha que tem razão, tendo-a ou não, e por isso acha que os que têm opinião diferente não têm razão. La Palice, não? Mas não considero nenhum, por isso, mais ou menos "diabo" que os outros.
Lá porque democratas de esquerda que querem mais ou menos o que eu quero para Europa se tenham encontrado no mesmo lado da barricada com antieuropeistas e neo-fascistas nacionalistas não me leva a confundir nenhum deles com os outros. Assim como não confundo as gentes de esquerda "social" com as gentes de direita ultraliberal que votou OUI ou o SIM Neerlandês. Acho só muito simplesmente que uns acertaram e os outros erraram, segundo o meu falível e subjectivíssimo critério.
NÃO HÁ "DIABO"! Voilà.
Desejo-te boa viagem de estudo à Suécia. E que descubras o segredo.

Comments:
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Nós, os que a história a preto e branco castigou, enviando-nos para um mundo mais matizado e multicolorido, sabemos que a «razão» nunca está toda de um só lado. Aprendemos, igualmente, que simplificar os argumentos adversários não melhora a discussão nem favorece mais valias de conhecimento. A primeira imposição ética dos europeus face ao «não» deveria ser (sei que isto é uma postura moral) a de compreender as motivações do «não», como vem sugerindo, de há tempos, o Pedro Ferreira, em vez de considerá-los como os «não apontam nenhum caminho». Para mim «diabolizar» - perdoa o tique hiperbólico - é dizer que uns apontam um caminho definido (coisa de que duvido obviamente) e os outros apontam para uma espécie de beco (denominador comum do «não»). Se tivermos boa vontade e boa fé, podemos também descortinar caminhos do lado do «não». Penso, aliás, que só não o fazes devido a uma muito estrita concepção de campanha.
De qualquer modo, agora, a discussão nos planos da democracia, da nova estrutura da UE e da dimensão social da Europa, deve prosseguir, tomando os vários «nãos» em consideração. Os que votaram «não», ainda por cima maioritariamente, não devem ser menosprezados por isso. Todavia não vale a pena continuar a discutir a favor e contra, como se eles não tivessem já votado «não». Não achas?
 
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