2005-06-16
Pausa para reflectir
Finalmente, Presidente da República e Governo aderem a esta tese, com mais ou menos soluços, com mais ou menos desculpas de circunstância.
Como diz o povo, antes tarde do que nunca. Mas é pouco.
A Europa está envolvida numa grande crise. Não é a primeira e não será a última. Aliás, a construção europeia tem sido um processo que avança de crise em crise. É da sua história.
O que importava, numa postura de seriedade, era a de que se fizesse chegar aos cidadãos europeus que a sua mensagem de descontentamento com o estado da construção europeia vai ser tida em atenção. De facto, há as mensagens do "não" e há as mensagens de sondagens em vários países que vão no mesmo sentido.
Penso que não é ousado, nem demagogo, dizer-se que o desfasamento entre os dirigentes europeus e os seus cidadãos é abissal porque se desconhece a Europa, construída no silêncio dos gabinetes, para que nos querem levar os fracos dirigentes comunitários que temos.
Importante é pois encontrar um diferente caminho para a construção europeia salvaguardando a informação e a participação dos cidadãos nessa construção. É esta postura que se preconiza para linha de acção dos dirigentes portugueses.