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2005-06-27

 

Trabalhadores da OPEL contra posição dos sindicatos

Cinco meses após o início das negociações laborais na fábrica da Opel na Azambuja, a comissão de trabalhadores (CT) e a administração aprovaram o acordo social plurianual, prevendo aumentos até 2007 indexados ao valor real da inflação.

Os trabalhadores por votação secreta aprovaram a proposta de aumentos salariais apresentada pela Administração pois compreenderam que a instabilidade na fábrica da GM só poderia pôr em cuasa o seu emprego. Trata-se de um contrato flexível (como por exemplo a redução de dias de trabalho em períodos de menor produção), ainda pouco usual em Portugal, embora já com antecedentes na AutoEuropa.

O acordo foi contra a posição dos sindicatos, que durante cinco meses arrastaram a luta ne empresa.

Comments:
Aqui está um exemplo daquilo que eu verifico no dia-a-dia, a maior parte dos Sindicatos já pouco representam os verdadeiros interesses dos trabalhadores.
O problema é que a maior parte das administrações das empresas não o vê e continua a negociar com esse parceiro sem se aperceber (ou apercebendo-se se calhar) de que a maior parte dos trabalhadores acaba por não ter voz activa nessa mesma negociação.
 
Caro João Abel, terás a razão toda mas não deixa de ser profundamente desagradável ler o teu regozijo perante o debacle entre trabalhadores e Sindicatos numa qualquer empresa. Sabemos do porquê e da inadmissibilidade do obreirismo em marcha PCP-CGTP. Mas era necessário saber se a posição dos trabalhadores da Opel foi ditada pela clarividência face ao manobrismo sindical ou, apenas, um claudicar na defesa de direitos perante o patronato. Se foi o primeiro caso, óptimo. Se foi o segundo, isso é sempre uma tragédia. Tu terás boas informações para seres tão lapidar. Eu, que as não tenho, fico entre o surpreso e o inquieto. Abraço. João Tunes
 
Adenda: Repara que acabas por dar corda a quem diz "a maior parte dos Sindicatos já pouco representam os verdadeiros interesses dos trabalhadores" (ele saberá quais são os "verdadeiros", contra a cegueira dos patrões...) e que escreve no seu blogue esta pérola de pensamento profundo: "Como é que um país que acumula na sua bandeira o verde e o vermelho há-de saber se deve avançar ou parar.". Assim, que deus te proteja. João Tunes
 
Meu caro anónimo, não vou comentar o não ter gostado do "pensamento profundo" que era, obviamente, uma brincadeira, mas relativamente à outra questão verifico na empresa onde trabalho que amiudemente os sindicatos acabam por fazer acordos com a administração sem terem em linha de conta os interesses dos verdadeiros trabalhadores.

Chamo-lhes verdadeiros pois são as pessoas que trabalham na empresa e não aquelas que trabalham para o sindicato e que a empresa lhes paga.

Eu defendo uma gestão participada pelos trabalhadores aos diferentes níveis e das diferentes categorias e não uma co-gestão entre patrões e sindicatos.
 
Ó Pedro Farinha, anónimo é o seu patrão de que não revelou o nome. E que, deduzindo pelas suas palavras, ele, o seu patrão, é um grandessíssimo palerma que faz acordos com os trabalhadores que não são "verdadeiros". Mais valia que contasse anedotas e fizesse brincadeiras sobre a bandeira nacional. Pois o seu patrão será anónimo enquanto dele não lhe revelar o nome (vá lá, homem, coragem!). Mas eu posso ser tão, mais ou menos palerma que o seu patrão, mas não sou anónimo, assinei e deixei o nome escarrapachado. Leia sff.
 
Claro que o comentário anterior é do cidadão João Tunes.
 
Meu caro João Tunes, só agora entro no debate porque só agora foi ver o PUXA. Honestamente não tenho a resposta para as questões que levantas. Por outro lado, é excessivo dizeres que há regozijo no registo que faço deste facto: Fi-lo com alguma amargura e descrente de que os sindicatos façam correcção de rota atendendo aos tempos de hoje. Os sindicatos estão, infelizmente, cada vez mais desfasados da realidade de forma perigosa. Vejamos: a fábrica da Azambuja era a única do grupo na Europa que não tinha assinado acordo social, depois de tantos meses de turbulência. Os sindicatos e os trabalhadores do grupo conheciam bem essa realidade até porque desenvolvem contactos entre si. Penso, mas a inferência é minha, que os trabalhadores perceberam que continuar a apoiar as propostas dos sindicatos era algo de suicidário.o Não alinhamento com os acordos de empresa/grupo ponha em causa a sobrevivência da GM Azambuja. Não estava em causa apenas um aumento salarial para o ano em curso, mas a defesa do postos de trabalho a prazo o negociar desse novo tipo de acordo. Quanto ao comment do Pedro Farinha, que não conheço, mas pelos comments que cá faz, tenho dele um perfil, acho João que francamente te equivocaste algo. No seu comment para mim a questão de maior relevo que ele coloca parece-me ser a da representatividade dos sindicatos.
 
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