.comment-link {margin-left:.6em;}

2005-06-14

 

Três Homens que ficarão para a História

Num fim de semana alargado que aproveitei para me ausentar do blog e da blogosfera ocorreu a morte de três grandes figuras nacionais, Vasco Gonçalves a 11 de Junho e um dia depois Álvaro Cunhal e Eugénio de Andrade. Também neste período, a 10 de Junho, morreu o pintor René Bertholo uma figura importante das artes plásticas nacionais.



Vasco Gonçalves, uma das mais eminentes figuras do processo revolucionário, foi entre as figuras militares do 25 de Abril de 1974, com Otelo Saraiva de Carvalho a que mais galvanizou o "povo da revolução". Na área de influência comunista Vasco Gonçalves tornou-se mesmo um verdadeiro ídolo, o "Companheiro Vasco".
O seu nome está ligado, como 1º Ministro, às decisões mais revolucionárias e também, por isso mesmo, mais polémicas, dos anos de 1974 e 75. Homem de grandes ideais, adeptos e adversários nele reconheciam e sublinhavam a honestidade, a lealdade e a determinação em servir o seu país.



Álvaro Cunhal é uma figura singular na história de Portugal do século XX. Independentemente das paixões e ódios que concitou a história reservar-lhe-á um dos lugares cimeiros na vida política de Portugal. Foi dos portugueses que, mesmo sem nunca ter estado no poder, mais marcou a vida política da segunda metade do século XX.
Para muitos ficará como o símbolo da coragem, da determinação, do heroísmo na luta do povo português pela libertação da ditadura fascista. Às raras qualidades de revolucionário, juntava a capacidade de liderança e a habilidade política. Distinguia-se pela inteligência, pela vasta cultura e sensibilidade artística.
O empenho total da sua vida na luta pelos seus ideais só em parte foi recompensado. Frutos dele foi a queda da ditadura fascista cujos alicerces o PCP, sob a sua direcção, decisivamente debilitou e o impulso revolucionário que deu às transformações políticas, sociais e económicas de Portugal após o derrubamento da ditadura. Quanto ao outro grande objectivo da sua vida, o avanço para o socialismo marxista-leninista, de Portugal e do mundo, a realidade reservou-lhe uma amarga derrota a que ele reagiu, no ocaso da vida, atribuindo-a ao desacerto dos homens para não ter de aceitar a derrota da doutrina.



Eugénio de Andrade é um dos maiores vultos da poesia portuguesa do último século mas Lester Burhnam já aqui lhe prestou homenagem.


Comments: Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?