2005-07-27
13 MAGNÍFICOS
Afinal mais parecia um número de marqueting do DN. O Manifesto não diz nada. Nada que não seja pelo menos tão "ideológico" como as opções do Governo que tentam contrariar. Nada que não tenha profusamente sido dito contra a visão não estritamente "contabilística" da política económica do Governo. Principalmente sobre OTA e a AV .
Uma amostra do Manifesto:
"Mas face a tal cenário parece ter emergido uma corrente de pensamento que acredita que a superação da crise pode estar no investimento em obras públicas, sobretudo se envolvendo grandiosos projectos convenientemente apelidados de estruturantes. Porque a situação é séria e o País não pode, sem pesados custos, embarcar em mais experiências fantasistas, importa dizer, de forma muito clara, que essa ideia é errada e a sua eventual concretização poderá ser desastrosa para o País. O investimento público pode ter virtudes e pode ser um importante elemento estimulador do desenvolvimento. Mas não é, nas presentes circunstâncias da economia e das finanças públicas, o caso do investimento físico, sobretudo se dirigido a obras cujo mérito não tenha sequer sido devidamente demonstrado por estudos publicamente divulgados, credíveis e contraditáveis."
Pela boca de Manuel Pinho, anteontem na Ordem dos Economistas, o DN apresenta "Os argumentos de Sócrates " e, ao "Separar as águas", António Perez Metelo reduz a nossa expectativa e o... Manifesto a um desabafo insuficiente para abrir uma vaga no ministério da Economia.
Sei que já existem estudos feitos sobre a OTA, embora feitos há alguns anos, pois estive envolvido num deles, que teve a ver com a criação de um ligação rápida de transportes entre Lisboa e a OTA.
Obviamente que são estudos que terão de ser refeitos pois todas as circunstâncias nacionais e internacionais se alteraram desde essa época, não só a nível económico interno, mas especialmente com a influência do Terrorismo nas viagens internacionais.
O maior problema que este Governo tem tido até ao momento, tem sido a meu ver um défice de comunicação que deveria estar centralizada e coordenada.
Será sempre de pensar que nenhum Governo do Mundo avançará para investimentos deste tipo sem uma fundamentação estruturada e apoiada em estudos que inequivocamente defendam a realização desses investimentos.
O tempo de investir apenas pela intuição já acabou.
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