2005-07-10
Arrastão II
Pelo interesse que reveste o comentário de Rui Martins ao meu post anterior intitulado «Quem ou o quê é que nos anda a arrastar?», resolvi trazer para a vista de todos o seu comentário e a minha resposta.
Comentário de Rui Martins:
Comentário de Rui Martins:
Nesta nova polémica do se houve ou não Arrastão em Carcavelos importa reter o seguinte:
a) Na Linha de Sintra e em Cascais fazem-se Arrastões quase todos os dias;
b) O sentido de Insegurança nos subúrbios é crescente
c) As autoridades tentam SEMPRE diminuir a gravidade dos acontecimentos para reduzir o pânico da população
d) A notícia do Arrastão chegou à imprensa internacional e danificou seriamente a imagem de Portugal enquanto destino turístico seguro
e) Enterrar a cabeça debaixo da areia e recusar ver o que se passou em Carcavelos não vai resolver o problema, só o vai agravar! Porque ainda que não tenha havido um "Arrastão" em regra, houve certamente várias dezenas de assaltos em simultâneo praticados por individuos pertencentes a gangs étnicos.
Rui Martins
Segue a minha resposta:
A partir do que se passou ou não se passou, podemos reflectir, se quisermos, em diferentes sentidos. O que o Rui Martins sugere é que minimizemos a questão de saber se houve ou não arrastão em Carcavelos, e nos debrucemos prioritariamente sobre os factores de insegurança correntes, sem «enterrar a cabeça na areia».
A minha sugestão é diferente:
Sem enterrarmos a cabeça na areia, constatemos que a informação distorcida, favorável ao exacerbamento dos estereótipos, faz parte do problema e não da solução. Esta forma de dar notícias falsas e não se ser capaz de repor a verdade dos factos (com versões diferentes oriundas das mesmas fontes que admitem terem-se precipitado e enganado) não me deixa, igualmente, em segurança.
Sem colidir com as justas apreensões de Rui Martins, é este o sentido da minha reflexão.
Suponho que nos casos em que o gang seja constituído por naturais da Serra do Caldeirão ou da Guardunha, Rui Martins lhes continue a chamar gangs étnicos ...
Comments:
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Há duas questões a considerar os factos e as notícias sobre os factos.
O facto, neste caso, o sururu em Carcavelos, arrastão ou não, leva-nos à questão levantada pelo Rui Martins, a questão, bem real e preocupante da inseguranção na linha de Sintra e também na de Cascais e outros lados. Tem no plano imediato que se lhe responder com mais ou melhor policiamento e justiça rápida. A prazo a resposta é de carácter político e social. Integração de minorias, emprego, habitação,etc
A questão da informação é muito importante. Se fidedigna dá elementos para combater a insegurança se falseada agrava o problema na medida em que contribui para soluções desajustadas, não soluções. Além de problemas colaterais, por vezes graves, como foi o prejuizo à nossa principal indústria, o turismo.
Raimundo Narciso
O facto, neste caso, o sururu em Carcavelos, arrastão ou não, leva-nos à questão levantada pelo Rui Martins, a questão, bem real e preocupante da inseguranção na linha de Sintra e também na de Cascais e outros lados. Tem no plano imediato que se lhe responder com mais ou melhor policiamento e justiça rápida. A prazo a resposta é de carácter político e social. Integração de minorias, emprego, habitação,etc
A questão da informação é muito importante. Se fidedigna dá elementos para combater a insegurança se falseada agrava o problema na medida em que contribui para soluções desajustadas, não soluções. Além de problemas colaterais, por vezes graves, como foi o prejuizo à nossa principal indústria, o turismo.
Raimundo Narciso
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Sem desprimor para os comentários de quem quer que seja, sinto uma irreprimível vontade de acrescentar que se uma falsa notícia tem a ver com alguma coisa, então será com a qualidade da informação. Aproveitar a denúncia do que vai mal nos media para ligar Carcavelos a Sintra, e os ecos da mentira à imagem de Portugal nos destinos turísticos, soa-me estranho. Para discutirmos a segurança teremos de sacrificar o direito democrático a uma informação não falsificada?
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Sem desprimor para os comentários de quem quer que seja, sinto uma irreprimível vontade de acrescentar que se uma falsa notícia tem a ver com alguma coisa, então será com a qualidade da informação. Aproveitar a denúncia do que vai mal nos media para ligar Carcavelos a Sintra, e os ecos da mentira à imagem de Portugal nos destinos turísticos, soa-me estranho. Para discutirmos a segurança teremos de sacrificar o direito democrático a uma informação não falsificada?
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