2005-07-24
Finalmente Mário Soares na rampa de lançamento
Cavaco Silva não dormiu bem este fim de semana. A consulta à família, depois daquele sorriso que me incomoda sempre por que me parece algo traiçoeiro, não deve lá andar a correr bem. Mas pior mesmo é que eu acho que ele está mal com Deus e com os anjinhos todos. Qualquer coisa de mal deve ter feito cá na terra para não colher as benesses lá do alto a que se julga com direito. O homem não se sabe despir de PSD, PSD à sua maneira e, por isso, até não reune bem todas as suas hostes. Ele só ganha quando corre sozinho porque perfil de candidato não lhe abunda. Vamos ver Marcelo daqui a pouco. Será que ainda espreita a rampa a marcar passo para lá bem mais para a frente? Marcelo estará melhor com os santos? Quem sabe? Será que vai haver uma inversão de posições? Ficará a direita agora sem candidato?
Não estou com isto a dizer que está ganho para as esquerdas que espero tenham juizo. Mas as tarefas de Cavaco entraram em dificuldades redobradas. E daquele passeio que já saboreava com antecipação vai ter mesmo de se aplicar e com grande risco de insucesso. Aqui pelos menos alguns de nós sempre nos batemos por esta hipótese, a única posível de não entrega à direita deste "poder simbólico". E desta vez a superfície do Manuel Correia afinal era mais transparente pois deixava passar a ebulição que se vivia lá no fundo.
Comments:
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Já me pareceu uma alternativa útil na falência de alternativas. Ou de quem desse o passo em frente. Um género de frémito de impedir o pesadelo Cavaco.
Mas, entretanto, no Metro de Londres e a 7 de Julho, a Al Khaeda matou politicamente Mário Soares. O que então disse e depois repetiu, demonstram que Mário Soares se enfantilizou para esconder a respeitabilidade que lhe devemos pelos seus oitenta anos de idade. Mário Soares já não tem a idade para ser esquerdista, um esquerdista irresponsável do género bloquista, porque lhe falta - lei da vida - a margem do tempo para ganhar experiência, maturidade e bom senso que, mais tarde, equilibre os desequilíbrios das “verduras”.
O terrorismo de matriz fanática islâmica declarou-nos guerra a todos. Matará qualquer um de nós ou os nossos filhos para, pelo terror, nos amedrontar, cedendo-lhes, na abdicação da tolerância e dos hábitos democráticos que demorámos - a humanidade - séculos e séculos a alcançar. Estender-lhes a mão é aceitar que eles coloquem a bomba nos nossos dedos.
O que Mário Soares disse, e repetiu, sobre o terrorismo, é plenamente aceitável como opinião individual ou mesmo na qualidade de opinion maker. É espantoso e irresponsável mas é legítimo como opinião. Mas Soares colocou-se além das margens do sistema de defesa das democracias e, por isso, irrecuperável para desempenhar um papel institucional e, muito menos, voltar ao cargo de Supremo Magistrado da Nação.
O drama do terrorismo, pela sua eficácia e poder corruptor, obrigou a colocar-nos acima (se preferirem, ao lado) da divisão esquerda/direita. Porque, com a morte da civilização, também as ideologias e separações de visão social, iriam na enxurrada. Cedendo à Al Khaeda de que adiantaria ser-se de esquerda? Nada, penso eu. Neste sentido, vejo Soares como um candidato inútil para a esquerda. Por assim pensar, nunca terá o meu voto (agora, nem com a mão a tapar-lhe o retrato). Um voto apenas, mas um voto. Que será contra Mário Soares e o abdicacionismo que ele representaria, se se candidatasse.
João Tunes
Mas, entretanto, no Metro de Londres e a 7 de Julho, a Al Khaeda matou politicamente Mário Soares. O que então disse e depois repetiu, demonstram que Mário Soares se enfantilizou para esconder a respeitabilidade que lhe devemos pelos seus oitenta anos de idade. Mário Soares já não tem a idade para ser esquerdista, um esquerdista irresponsável do género bloquista, porque lhe falta - lei da vida - a margem do tempo para ganhar experiência, maturidade e bom senso que, mais tarde, equilibre os desequilíbrios das “verduras”.
O terrorismo de matriz fanática islâmica declarou-nos guerra a todos. Matará qualquer um de nós ou os nossos filhos para, pelo terror, nos amedrontar, cedendo-lhes, na abdicação da tolerância e dos hábitos democráticos que demorámos - a humanidade - séculos e séculos a alcançar. Estender-lhes a mão é aceitar que eles coloquem a bomba nos nossos dedos.
O que Mário Soares disse, e repetiu, sobre o terrorismo, é plenamente aceitável como opinião individual ou mesmo na qualidade de opinion maker. É espantoso e irresponsável mas é legítimo como opinião. Mas Soares colocou-se além das margens do sistema de defesa das democracias e, por isso, irrecuperável para desempenhar um papel institucional e, muito menos, voltar ao cargo de Supremo Magistrado da Nação.
O drama do terrorismo, pela sua eficácia e poder corruptor, obrigou a colocar-nos acima (se preferirem, ao lado) da divisão esquerda/direita. Porque, com a morte da civilização, também as ideologias e separações de visão social, iriam na enxurrada. Cedendo à Al Khaeda de que adiantaria ser-se de esquerda? Nada, penso eu. Neste sentido, vejo Soares como um candidato inútil para a esquerda. Por assim pensar, nunca terá o meu voto (agora, nem com a mão a tapar-lhe o retrato). Um voto apenas, mas um voto. Que será contra Mário Soares e o abdicacionismo que ele representaria, se se candidatasse.
João Tunes
Tudo treme, minha gente! Treme Dias Loureiro; Treme o Psd com vozes anónimas; Treme o Sr. João Antunes; Vem a Drª Manuela Leite, sem um pingo de decência, dizer que Cavaco é um candidato " independente. Porquê esta agitação toda? Não era, até agora, a direita a dizer que só ela é que tinha candidato? O frenesim de Marcelo na sua CHARLA DE ONTEM à noite é bem snónimo deste patente nervosismo. Tenham calma deixem escolher o povo.
Gosto muito deste blog. Aqui vemos o que resta desta república de amigalhaços: o país a arder e estes aqui a ir buscar um defunto para porem na corrida. Decidamente a irresponsabilidade desta cambada de velhos do restelo e chulos da Nação já enjoa.
Rejubilariam por certo V.Exas com maior brilho se conseguissem ressuscitar o António José de Almeida ou, ainda melhor, o Afonso Costa.
Pela prosa, ainda lá chegam.
Pedro Maria
Lx
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Pela prosa, ainda lá chegam.
Pedro Maria
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