2005-07-10
A reunião do G8 e as suas decisões
Nesta fase de mobilização, Portugal esteve informado com transmissões directas em vários canais até porque a Marisa, era uma das convidadas para actuar e actuou muito bem e o público gostou.
A barbárie dos acontecimentos em Londres e a situação interna criada pelos sucessivos debates no Parlamento fizeram que pouco se tenha falado das decisões deste G8, que, desta vez, não foram tão despeciendas como era prevísivel. Aqui mesmo escrevi sobre isso exactamente nesta linha. Pouco esperava deste G8.
- a duplicação da ajuda ao desenvolvimento (com mais 50 mil milhões de dólares)
- o perdão da dívida a 18 países pobres e muito endividados
- o financiamento do combate à malária em África, uma das doenças mais mortíferas no Continente
- o combate à sida/HIV.
Acrescento que o desmantelamento previsto das ajudas à exportação dos bens agrícolas da UE e EUA até 2010, discutido nesta cimeira e a realizar-se, é de facto uma medida estruturante e que exigirá mudanças profundas na PAC.
Acima referi o "eventual impacte" destas medidas por duas razões: elas não são a solução para os problemas em África apesar de poderem constituir uma boa ajuda. Os problemas em África são endógenos, estão sobretudo nos seus dirigentes e na falta de Estado/governação. Segundo, da declaração de intenções à acção vai sempre uma grande distância.
Duvido por exemplo, muito de que o desmantelamento dos apoios à exportação agrícola se efective, pelo menos, no prazo previsto.>/P>
Desde já no parlamento europeu os deputados têm obrigação de saber e de nos informar sobre o seu curso porque a UE esteve no G8 e é corresponsável.
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