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2005-08-19

 

Algarve e as notícias incómodas

Dois dias seguidos de notícias incómodas para o Algarve.
Ontem foi o dia do anúncio de mais betão (+ 100 000 camas autorizadas). Do Algarve Torremolinos. Do Algarve que hipoteca o seu futuro. E a caminho do Alentejo foi ouvindo de várias proveniências comentários sobre este Algarve. As posições acertadas do presidente da Quercus, o meu conterrâneo Helder Spínola, a falar desse Algarve que está desta forma a hipotecar o seu futuro humano e turístico. De Macário Correia, numa posição defensista, sem querer entrar em choque com os construtores, a dizer que havia autorização para as 100 000 camas mas que, de certeza, não se iriam construir todas. Nos jornais já tinha lido as declarações de Pedro Serra, presidente das Águas de Portugal sobre a eventual falta de água no próximo verão a não ser que chuva a cântaros.
Hoje foi o dia de ouvir falar do "négocio dos mortos", o caso indiciado de corrupção ligado ao negócio dos funerais no Hospital de Portimão.
De tudo isto, incomoda-me a falta de água e a postura passiva das entidades ligadas ao sector, quando há experiências positivas, pelo menos por um grupo privado, de começar a resolver o problema, através da dessalinização e não se fale nisso e segundo o betão que já vem a matar de há muito a galinha de ovos de ouro do Algarve- o turismo e com estas 100 000 camas algo se tornará irremediável.

Comments:
O excesso de ocupação turística no Algarve ainda há-de fazer cessar essa última grande fonte de rendimentos que nos resta. O Algarve não cessa de descer nos rankings do turismo mundial e a construção desenfreada, o péssimo urbanismo e o desleixo camarário estão na raíz da grande queda das receitas do turismo ocorrida este ano.
 
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