2005-08-10
O TGV Lisboa/Madrid
Segundo o Ministro Mário Lino, o TGV Lisboa/Madrid será "muito provavelmente em linha mista".
É uma boa notícia. Já várias vezes aqui nos pronunciamos por esta solução e muitos foram os comentários de apoio. É uma decisão lógica em termos económicos e de mercado. E pode ser alvo de adaptação mais tarde, se se vier a gerar um fluxo de passageiros que justifique a mudança para linha exclusiva de passageiros.
De qualquer modo, decisão definitiva só a temos lá mesmo para finais de Setembro, altura em que o Ministro Mário Lino tenciona apresentar ao governo o projecto nacional do TGV.
Se até agora já muito se discutiu sobre este tema, preparem-se que em Setembro muito mais haverá para debate.
A questão do debate à partida positiva não pode, contudo, ser posta em termos do défice das contas sob pena de tudo ter que parar neste País.
A questão da alta velocidade prende-se, em minha modesta opinião, com dois problemas importantes, o seu carácter estratégico e os compromissos de Portugal para com a rede europeia, que também se integra em algo de estratégico. Esta deve ser a base de fundo sobre a qual se discute da oportunidade ou não do TGV. Discutir um tema estratégico submetendo-o à questão derivada do deficiente da economia que é o défice é uma miopia perigosa, que nos pode sair cara quando se trata de questões de fundo. Já bastou a demagogia de Durão Barroso durante a sua campanha eleitoral.
Comments:
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Neste país não há conversa construtiva. Há conversa da indiferença. Cada qual parte dos seus tamanquinhos para neles continuar porque o objectivo não é chegar a nada. Caricaturando um pouco, isto é mesmo assim e na política então é mesmo. Este comment significa pois que me inclino para a solução da linha mista, porque é lógica porque não há fluxos de passageiros a justificar a exclusividade. Mas se a solução fosse outra haveria, na mesma conversa. Não se vai ao essencial e temos de nos perguntar para onde queremos que este país vá? Será que alguém se pergunta? É sobre esta pergunta/resposta que se faz conversa construtiva. Ana Esteves
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