2005-08-23
OTA e TGV (6)
João Cravinho - que está na origem da escolha da Ota durante o Governo de Guterres - diz no DN de hoje várias coisas interessantes:
1 - Sobre o novo aeroporto há um dossiê acumulado ao longo de 30 anos com mais de uma centena de peças algumas com grande densidade técnica.
2 - A discussão pública em geral ignora-o e tem sido fértil em equívocos e erros.
3 - Substituir a Portela é um dado adquirido e incontroverso para quem saiba do que fala.
4 - A questão não é decidir se [ se substitui o aeroporto da Portela] mas quando, onde e como.
5 - O processo de decisão relativamente a estes 3 aspectos decorreu sequencialmente, cada um sujeito a estudos próprios.
6 - Pelo que não faz sentido a exigência de estudos económico-financeiros antes da fase do como, aquela que vai ter início agora.
7 - A última fase assenta numa parceria público-privada que vai exigir estudos sobre rendibilidade económica, financeira na óptica pública e óptica privada necessária a um bom caderno de encargos para a construção e exploração até lá para 2050.
8 - Segue-se concurso público internacional e decisão.
"Não vale continuar a baralhar fases e procedimentos."
joaocravinho@hotmail.com [aqui]
Comments:
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Não me parece que Cravinho tenha razão. As fases não são, nem podem ser analisadas distintamente, este é um tipo de análise que não deve ser feita step by step porque as opções que o governo deve tomar devem ser do tipo:
- Fazer um aeroporto no sitio A daqui a N anos com um investimento privado de x % ou fazer um aeroporto no sitio B em M anos com um investimento privado de y % ?
, ou seja, o interesse do investimento privado dependerá e muito da localização do aeroporto, bem como o tempo de construção porque é defierente construir um aeroporto ou construir um aeroporto e infraestruturas pesadas para que ele não fique no meio do deserto.
Quanto aos estudos divulgados, e que aqui neste blog já foram referenciados, são apenas os de impacte ambiental, que sendo importantes e podendo condicionar a decisão, não são, a meu ver, os decisivos. O que eu gostava de ver era uma análise do ponto de vista da mobilidade e do ordenamento território cruzado com a análise económica que explicasse o porquê da Ota.
Depois gostava de saber se esse estudo foi feito já com uma decisão relativa ao TGV tomada, e por último gostava que o governoi também anunciasse de que forma é que está a pensar em ligar em transportes públicos a Ota a Lisboa. É que a Portela já sabemos que o Metro vai para lá, tendo sido aliás aberto hoje o dossier à discussão publica, agora para a Ota ainda não li nada.
- Fazer um aeroporto no sitio A daqui a N anos com um investimento privado de x % ou fazer um aeroporto no sitio B em M anos com um investimento privado de y % ?
, ou seja, o interesse do investimento privado dependerá e muito da localização do aeroporto, bem como o tempo de construção porque é defierente construir um aeroporto ou construir um aeroporto e infraestruturas pesadas para que ele não fique no meio do deserto.
Quanto aos estudos divulgados, e que aqui neste blog já foram referenciados, são apenas os de impacte ambiental, que sendo importantes e podendo condicionar a decisão, não são, a meu ver, os decisivos. O que eu gostava de ver era uma análise do ponto de vista da mobilidade e do ordenamento território cruzado com a análise económica que explicasse o porquê da Ota.
Depois gostava de saber se esse estudo foi feito já com uma decisão relativa ao TGV tomada, e por último gostava que o governoi também anunciasse de que forma é que está a pensar em ligar em transportes públicos a Ota a Lisboa. É que a Portela já sabemos que o Metro vai para lá, tendo sido aliás aberto hoje o dossier à discussão publica, agora para a Ota ainda não li nada.
Mas será mesmo necessário um novo aeroporto?! O trafego aereo com o aumento dos preços de combustíveis, o problema da camada de ozono e CO2 que um aviao causa, o etrrorismo, os acidentes nao tem tendencia a estagnar?´Há limites para o trafego aereo ou entao nao é sustentável. Mais valia apostar só no TGV.
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