2005-09-27
A Política do Medicamento
Desfez no bom sentido um pouco o "império de Cordeiro", o homem todo poderoso das farmácias e, no meu entender, mostrou que tem uma política para o medicamento. É um ministro diferente. Pode nem sempre concordar-se mas sabe para onde quer ir, ao contrário da maioria que quase nunca se percebem as políticas dos ministérios. Aqui o medicamento a baixo custo para o utente é um objectivo.
Agora que não é fácil desmantelar "o polvo" do sector farmacêutico, não é. Mas o ministro mostrou vontade em abordar o caminho que lá irá ter, exactamente na óptica desse grande objectivo da política do medicamento. O acordo é um grande obstáculo ao medicamento mais barato. Donde ser fundamental chegar a um novo acordo com a ANF, menos leonino para o Estado e para o utente. Margens de 20% é obra.
A principal preocupação desta canalha da esquerda é destruir aquilo que em Portugal alguns portugueses fazem bem. E fazer bem é o caso do sector das farmácias. É óbvio que é um monopólio mitigado pois a abertura de novos locais está dependente de alvará, mas ao mesmo tempo elas concorrem entre si (por ex. no bairro de Alvalade em Lisboa há mais de uma dezena). Nos últimos anos têm melhorado muito e acaba por ser um sector pujante no comércio tradicional dominado por portugueses com as mais-valias a ficarem em Portugal.
Já ouvi dizer que a ANF está a preparar-se para ir para a Polónia, ou seja, temos aqui um sector de serviços a começar a internacionalização e a exportar que é aquilo que mais necessitamos de fazer.
A esquerda só se preocupa com as farmácias mas não quer saber que a industria tem preços muito superiores aos que pratica em outros paises. A esses não lhes tocam...
Assim proponho que criemos um novo produto de exportação do qual em Portugal temos muito e que não nos faz falta: os invejosos
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