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2005-10-30

 

Campanha de apoio à vítima



Apoio às vítimas

As esquerdas vêem-se assim repartidas pelas candidaturas tácticas de Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã; pela candidatura que tem o apoio oficial do Partido Socialista; e pela candidatura de alguém que pactuou longamente com o soarismo até se tornar vítima desse tão perito republicanismo democrático e laico. É compreensível que conte com a simpatia de muitos dos que acham que as práticas políticas são passíveis de muitos e urgentes aperfeiçoamentos.


Comments:
O MC (se quiser, claro!) pode-me explicar como é que alguém que "pactuou" pode ganhar a simpatia? É que no meu entendimento, quem "pactuou" fica à partida diminuído e se fica diminuído como é que se torna atractivo?

Não estou a fazer blague, não consigo é mesmo acompanhar o seu raciocínio, pois não me parece muito lógico.
 
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Margarida,

o mundo está cheio de gentes que arrepiaram caminhos, pactuaram e entraram em ruptura, enganaram-se, erraram, tiveram dúvidas, certezas, foram e regressaram. Alegre foi soarista e, depois, vítima do soarismo; foi (é?) um homem do aparelho e, depois, concorreu «contra o aparelho». Não se deve amarrar ninguém ao seu passado. Os apoios e adesões à candidatura dele demonstram que não está assim tão diminuído como a Margarida poderia julgar.

Eis a «lógica» do meu raciocínio.
 
Plenamente de acordo em que não se deve "amarrar ninguém ao seu passado". Mas se tem assim tantos "apoios e adesões" porque é que anda "à BE" na pesca à linha a comunistas e CDU's? Isto parece-me tão contraproducente...
 
"Comunistas e CDU's"? Qual a diferença? Ah, está no malmequer! Como uma singela e silvestre flor faz tanta diferença em política! Se, um dia, a flor fosse a votos, veríamos a importância dessa flor. Saberíamos, então, que, em política e como flor, apenas vale como flor de propaganda, ou seja, como barrete. Como malmequer ou como margarida (porque não acredito que Margarida seja Margarida). João Tunes
 
A Margarida tem toda a razão. É indecente o que o Manuel Alegre anda a fazer. Anda à pesca no aquário do PC. Tal como o BE. O Mário é mais decente. Fez um acordo com o Jerónimo e com o Louçã. Na 1ª volta não pesco na vossa clientela e em contrapartida na 2ª volta vocês recomendam o voto em mim.
Agora não concordo é que a Margarida se tenha descaído com um desabafo como este em público ("porque é que anda "à BE" na pesca à linha a comunistas e CDU's? Isto parece-me tão contraproducente... ")porque assim até parece que o PC tem alguma coutada de eleitores "nacionalizados". Por outro lado acha "tão contraproducente" para quem? Para o PC ou para os eleitores?
Bem haja Margarida.
Amigo da Margarida
 
CDU's não são só comunistas e verdes, são também os independentes. Que são muitos.
Eu pelo trabalho que os verdes desenvolvem, particularmente no Parlamento, não os tenho como bluff's, antes pelo contrário. E eu chamo-me mesmo Margarida, só que não sou de Lisboa como andou a especular por aí.
 
Amigo desconhecido (esta faz-me lembrar o "amigo oculto" que é um sorteio que fazemos na noite de Natal em família...): Quando falo em "contraproducente" é no sentido do ´"já visto", da "táctica estafada", da "muita parra pouca uva" (de que é exemplo o artigo do Pedro Correia no DN de hoje), da "falta de originalidade", enfim da grande fragilidade que essa "pesca à linha" me parece denunciar. Por isso comecei por perguntar ao MC a questão da atractividade desta candidatura. Mas do PS eu nada percebo e se calhar estou a desvalorizar a candidatura mais do que devia. Mas sob o ponto de vista dos eleitores trabalhadores (e reformados, e jovens) acho que ficam mais bem servidos com o Jerónimo.
 
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A metáfora em que os eleitores são as águas a que, «indevidamente», «outros» vão à «pesca», é de uma pobreza franciscana. Imagina-os passivos ou tontinhos, capazes de se deixarem enganar pelo canto de sereia do primeiro demagogo que aparecer.

Quem imagina assim os eleitores, acaba por ter grandes dissabores.

Quanto ao grau de atractividade da candidatura de Alegre, se a Margarida e o seu «amigo oculto» acham que é baixa, então não vejo razão para se preocuparem.

Que siga a pré-campanha!
 
MC: O que adiantou não me esclareceu muito, e quando falo de pesca à linha, lembro-me do artigo de ontem no DN com o título "Autarcas comunistas com Alegre", onde se lê, lê e no fim descobrimos que o único autarca é o Caeiros que todos sabem que é independente..., isto é,um artigo enganoso, mais próprio de um pescador à linha do que de um jornalista. Isto sem desprimor para os pescadores profissionais, mas quanto aos desportivos, aí já tenho as minhas desconfianças, ou não fosse eu própria uma...

Eu não tenho os eleitores na conta de tontos e passivos, mas acho que todos nós somos influenciáveis. Eu pelo menos adoro ter boas sondagens, bons artigos de opinião, adoro quando as TV's passam boas imagens e quando os jornais relatam a campanha do meu candidato com objectividade. Se se perguntar porque carga de água quem gosta de tudo isto está no PCP e com o Jerónimo eu digo-lhe que se calhar é porque nasci filha de trabalhador e de sportinguista e melhor ou pior, mais ou menos, cá vou fazendo pela vida e torcendo pelos dois. E como eu, porque não a maioria, dos militantes e simpatizantes do PCP, quero eu dizer? Daí as dúvidas sobre a atractividade...
 
Que grande arraial aqui vai. Arraial arraial que só eu sou Portugal. Diz o vosso octogenário Candidato. Os "octogenários" desta casa têm andam mais calados agora aqui estão mais activos os fiéis do candidadto Trovador. Mas a grande estrela é a dedicada e trabalhadeira adepta do candidato Operário. Então não há ninguém do Pregador?
Enquanto por aqui se animam com a diversidade ali trabalha-se com Seriedade.
Drácula da Pensylvania
 
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Margarida,

quanto à questão da «pesca» (à linha ou de arrasto), a ideia principal é mesmo a da influência. Quem mais influencia é quem ganha. Quando, ainda não há muito, eu acusei surpresa pelo facto de os jornalistas políticos não formularem questões difíceis para Cavaco Silva, a Margarida sustentou que não podemos ficar à espera disso. Agora, aponta um caso de distorção (ou má fé?) em que, num artigo de opinião, alguém exagera nos apoios de que um candidato dispõe. Terá, porventura, razão. Mas a questão de fundo permanece: não se ganha (ou mantém) votos sem influenciar os eleitores; eles deixam-se influenciar, ou não; como nós.
 
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