2005-10-26
De homem para homem (4)
Cortesia de Piero Pompini/World Focus, do site italiano da War News
As novas tendências que justificam a relativização dos direitos com um entendimento enviezado e curto da austeridade, esforçam-se por diluir, no seu tacticismo imediatista, as fronteiras entre o respeito pelos direitos e a necessidade de adaptá-los às exigências dos novos tempos.
A história de Toko e Likola fornecem uma excelente oportunidade de reflexão. Se a civilização se consolida e humaniza com o reconhecimento de direitos inalienáveis, não devemos deixar passar em claro o nosso protesto e oposição às simplificações que se vão acumulando.
Sem direitos, fica-se à mercê de qualquer despotismo. Gigantes ou pigmeus, brancos, amarelos, negros ou vermelhos, perdemos, com os direitos, a razão fundamental pela qual aprendemos a respeitar-nos uns aos outros. Passado o limite, não há civilização que valha!
Adenda
Os postes, ao fim e ao cabo, pertencem a quem os torna melhores. O João Tunes, Blogger com créditos firmados (já vai no Água Lisa 4, depois de preencher até ao limite o saudoso Bota-Acima), ao ler esta série, tornou-a muito melhor (aqui). Agradeço-lhe a referência, é claro, mas aconselho sobretudo a leitura do seu poste acerca da Rosa Parks (aqui). Advirto os curiosos de que se trata de um registo coloquial bem acrisolado, que provoca dependência. Lê-se e, depois, volta-se lá repetidamente. Como diria o Rodrigues Guedes de Carvalho, «É a vida!».