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2005-10-30

 

Evitar as perguntas difíceis



Desmemórias


Soares marcou pontos ao recordar que Cavaco Silva é um político que diz ter nojo da política, mas está a receber a reforma do cargo político que ocupou durante dez anos e do qual se afastou misteriosamente. Se António Guterres tivesse sido candidato, deveria ter explicado a razão porque abandonou o navio da governação em 2001. Cavaco Silva está a ser dispensado de explicações de carácter semelhante. Porquê? Porque o nosso jornalismo político ainda não elaborou a lista das perguntas difíceis a fazer aos candidatos?


Comments:
Pergunta o MC: "Porque o nosso jornalismo político ainda não elaborou a lista das perguntas difíceis a fazer aos candidatos?"
Mas porque é que só, ou pelo menos desde já é que compete aos jornalistas fazerem as tais perguntas difíceis? Não é isso também competência de cada um dos candidatos? Eu comecei por ver o Jerónimo a pôr questões ao Cavaco e vejo agora o Soares a fazer o mesmo. Os outros é que parecem estar à espera que os jornalistas façam as perguntas difíceis por eles...
 
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Ora aí está um bom começo de conversa.

Margarida,

Os candidatos tb podem fazer perguntas uns aos outros. Sei que sim, mas, há-de convir, essas perguntas têm, em geral, o peso do desafio político e do despique eleitoral. São legítimas, é claro, mas partidariamente situadas. Eu constato apenas que, até agora, não têm surgido, da parte dos jornalistas, perguntas difíceis e/ou embaraçosas para Cavaco Silva. A César o que é de César...

Luis Narana,

Claro que deve haver perguntas difíceis e/ou embaraçosas para todos os candidatos. Compreenda, por favor, que eu esteja mais impressionado, para começar, com o candidato «não político profissional» que não tinha tempo para ler os jornais, nunca se enganava e raramente tinha dúvidas. É uma questão de sensibilidade.
 
Curiosidade: o que faz aqui o autógrafo de Cavaco dado ao meu amigo João Carvalho Fernandes (do "Fumaças") num post do meu amigo Manuel Correia (do "Puxa Palavra")? Que estranho fenómeno une, assim e pela imagem, um "monteirista" a um "esquerdista"? As voltas que o mundo dá. Mas que dá que pensar, isso dá. Então, abraços aos dois. João Tunes
 
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João Tunes,

tens o distinto condão de me deixar sempre a matutar para além do sentido aparente das tuas palavras. A escolha de uma imagem comum poder unir-nos? Essa é profunda, homem!

Quanto aos pontos de contacto com um «monteirista» (que é a parte explícita da tua bem humorada observação) não me parece, para as presidenciais, haver nenhum. Monteiro vota Cavaco, - eu não; Monteiro acusa Cavaco de não se assumir como presidencialista, - eu não.

Assim, a imagem que nos une tb nos desune. E a pré-campanha vai adiante.

De qualquer modo um abraço tb para ambos e um pedido de desculpa por ter utilizado irresponsavelmente uma imagem «gamada» de outro blogue, sem, pelo menos, anunciar a proveniência.
 
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