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2005-10-25

 

"No fio da Navalha"

Mais assustador que a gripe das aves talvez só o prognóstico de Medina Carreira, hoje no público, com aquele título. [link só para assinantes]
A conclusão é a de que o país está ingovernável e caminha para o precipício.
Falar verdade e criar um consenso nacional para a aceitação de medidas drásticas muito para além das medidas de contenção orçamental postas em prática por este Governo parece ser o remédio que propôe.
Os dados que alinha são pesados e desanimadores mas resta-nos o quê? Um presidente "forte" num regime tornado presidencialista sem revisão da Constituição à maneira truculenta de Nuno Morais Sarmento?
É imprescindível, como diz MC, falar verdade e em torno desta criar um consenso nacional para as medidas necessárias. Estas e os objectivos que se pretendem atingir com elas têm de ser bem explicadas e os sacrifícios distribuídos equitativamente.
Não me parece que o perfil "financeiro" e autoritário de Cavaco possa ajudar.
Talvez Mário Soares possa dar uma boa contribuição. Sem excessivas rupturas. Como afirmou hoje no seu Manifesto.

Comments:
Enquanto não se cortarem as correntes que nos prendem ao PEC dificilmente se criarão condições para se saír da crise. E não com a gritaria do nosso PM que isso vai acontecer.

O problema do défice do OGE não é de hoje. Já vem pelo menos do tempo de el Rei D. João V e é uma ilusão ingénua pensar que em 4 anos se vai resolver um problema de 4 séculos.

Mais sério e mais grave é o crescente défice da balança de transacções com o exterior e é o agravamento constante desse desiquilibrio que está na origem da crise portuguesa. Era isto que devia preocupar o governo, mas as políticas propostas só vão agravar esta situação.

José Manuel
 
Meu caro josé manuel, até concordo consigo. É uma hipótese cortar o cordão umbilical com o Pec. mas seja claro: advoga a saida da UE? Senão o que diz é uma boca inconsequente.
c. botelho
 
Advogo a revisão dos critérios absurdos do PEC, que cada vez mais estados da UE considera "estúpidos" (ver declarações de Romano Prodi) mas que ainda não houve coragem para reformar.

Mas mais tarde, ou mais cedo, isto vai estar na ordem do dia porque a médio prazo a situação será insustentável para muitos estados. A não ser claro que se enverede pelo desmantalamento do Estado Social. Só que os custos sociais, políticos e económicos desta opção serão ainda piores.

José Manuel
 
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