2005-10-16
Vasco Pulido Valente e... o Expresso
VPV, com o seu estilo próprio, diz a coisa mais comezinha: o Expresso está muito mau há muito tempo. No entanto, continua a ter uma grande fidelidade, apesar das críticas e conversas que todos temos sobre a sua qualidade. Ainda ontem, conversava com vários amigos e amigas sobre a primeira página. E todos dizíamos. É uma primeira página típica do 24 horas, com o destaque da diplomata que arranha o colega na cara à entrada para uma reunião internacional, de tão requentada já nem notícia é, mais as histórias da Fátima Felgueiras. Mas até parece que o País vive disto. Basta olhar para as últimas eleições.
Um jornal de referência, é isto?
Até se admite que estes casos pudessem ser objecto da primeira página, se bem trabalhados e analisados. Mas análise é o que o Expresso não faz há muitos anos. Em todo o primeiro caderno de ontem nada de análise, nem de novo trazia.
Não resisto transcrever uma curta passagem de VPV sobre a subsistência do Expresso: "O mistério está na fidelidade ao Expresso da classe média portuguesa (cuja iliteracia ele provavelmente reflecte) e na razão por que não apareceu, nem aparece, o concorrente sério de que o país precisa".
O nível do Expresso assemelha-se ao da SIC, uma tv decadente completamente focada para as audiências. À sua semelhança, o Expresso tornou-se num tijolão carregado de publicidade e onde os conteúdos são cada vez mais fracos.
Na guerra das audiência aproximou-se da linha editorial do 24H, pq é esse que a maioria dos grunhos tugas preferem.
<< Home