2005-11-21
Ainda Mariano Gago...
Mariano Gago, Ministro da ciência e ensino superior, vai implementar a avaliação das Universidades e Politécnicos.
Critério Chave
: preparação dos alunos para o mercado do trabalho.Entidade avaliadora: OCDE.
Acho excelente quer o critério base quer a entidade. O critério base pois que as pessoas estudam e adquirem conhecimentos para a aplicar na sua vida profissional - o emprego. E a entidade porque age de forma cuidadosa na base de grandes consensos. Está, assim, assegurada uma grande neutralidade.
As reacções directas ou indirectas vão fazer-se sentir. Em Portugal foge-se à avaliação. Ninguém quer ser avaliado. Pode haver razões, mas sobretudo há comodismo.
E hoje já comecei a ouvir não uma contestação frontal, mas lateral do representante dos Politécnicos.
Um chuto para o lado. Quer que os governos também sejam avaliados.
Não se nega que os governos são responsáveis por muitas indecisões e decisões sobretudo na homologação de cursos sem sentido.
Mas não me parece que o mau desmpenho do ensino lhes deva ser imputado. A César o que é de César.
Comments:
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Uma ideia interessante. É preciso que a definição de "preparação para o mercado do trabalho" seja cuidadosa.
Do meu ponto de vista (e tenho alguma experiência na matéria) há que evitar duas armadilhas:
1-Desprestigiar a investigação fundamental. Faz parte da imaginação colectiva a ideia do investigador que vive no seu mundo desligado da realidade. Ora um curso que forme investigadores pode ser injustamente acusado de não dar preparação para o mercado do trabalho.
2- Impôr uma visão de vistas curtas sobre o que é a a adequação ao mercado do trabalho. Na minha área prefiro trabalhar com um jovem que conheça bem a teoria (análise numérica, programação, probabilidades, etc) do que com alguem que conhece todos os detalhes de uma linguagem de programação (C++ ou java por exemplo). O segundo até poderá sser, inicialmente, mais produtivo, mas a longo prazo o primeiro irá muito mais longe.
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Do meu ponto de vista (e tenho alguma experiência na matéria) há que evitar duas armadilhas:
1-Desprestigiar a investigação fundamental. Faz parte da imaginação colectiva a ideia do investigador que vive no seu mundo desligado da realidade. Ora um curso que forme investigadores pode ser injustamente acusado de não dar preparação para o mercado do trabalho.
2- Impôr uma visão de vistas curtas sobre o que é a a adequação ao mercado do trabalho. Na minha área prefiro trabalhar com um jovem que conheça bem a teoria (análise numérica, programação, probabilidades, etc) do que com alguem que conhece todos os detalhes de uma linguagem de programação (C++ ou java por exemplo). O segundo até poderá sser, inicialmente, mais produtivo, mas a longo prazo o primeiro irá muito mais longe.
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