PUXAPALAVRA

Pré perguntas, pré respostas e não mais do que isso?
 

Diz o JAF que o Cavaco “já se encontra apavorado para o frente a frente com Louçã que, de economia, sabe mais do que ele”; diz ainda que com Soares “o abismo é medonho”, que com Alegre “também vai ser interessante” e com Jerónimo “as questões do costume”.

Presumo que o JAF não tenha lido os Manifestos/Compromissos de todos os candidatos. É que se o tivesse feito teria reparado que no seu, o Louça nem sequer uma única vez refere a palavra Constituição (que aliás também omitiu na sua declaração de candidatura) e que tal como Cavaco ainda não percebeu que o PR não tem que ser o “ajudante” do PM na gestão (mais ou menos neoliberal) do país.

O que a nossa Constituição diz é que o PR “representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas e é, por inerência, o Comandante Supremo das Forças Armadas”.

E Jerónimo compromete-se com cinco ideias fundamentais: Primeira: Defesa e aprofundamento do regime democrático; Segunda: Defesa dos direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores; Terceira: Defesa dos direitos sociais; Quarta: Crescimento económico e desenvolvimento sustentável; Quinta: Portugal soberano e aberto ao mundo. Se o JAF acha que são “as do costume” eu acho que são as de sempre. Sem preconceitos.
 

Margarida

Questione sempre, embora não esteja consigo e porisso não retire uma vírgula do que escrevi. Apenas admito que não tenha sido claro.. E não se precipite sobre ter ou não ter lido os manifestos.

Concretizando. Em relação ao Jerónimo de Sousa, se houver debate, o que duvido, é que Cavaco use os argumentos do costume no confronto. São os argumentos mais banais mas também os mais fáceis de passar. Foi o que pretendi dizer. Não entrei na discussão dos argumentos, apenas os enunciei, pelo que, admito, posso não ter sido claro.

Mas certamente estará de acordo comigo que Cavaco pretende passar ao lado de tudo, não entrar no debate. Um pouco, a técnica de Alberto João que nunca entra nos debates: um "ser" superior.
 

Segundo a Lusa o debate Jerónimo/Cavaco vai realizar-se na SIC, possivelmente a 16 de Dezembro. É bem capaz de afinal se vir a realizar.

Claro que concordo que o “Cavaco pretende passar ao lado de tudo, não entrar no debate”. Aliás foi sempre assim que ele se portou, lembra-se? Mesmo já quando era PM, não me lembro dele numa entrevista normal, era sempre tudo muito “encenado”, “produzido” e mesmo na AR ele tinha sempre a última palavra e respondia ou desconversava como queria.

Mas agora que as televisões já acordaram na realização de dez entrevistas e até já fizeram o sorteio, não vejo como é que ele se vai safar desta.