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2005-11-24

 

Finalmente...o Plano Tecnológico

Vamos ter hoje, a partir das 16 horas, a apresentação pública do plano tecnológico, na FIL.

Segundo os termos do convite do Ministro da Economia e Inovação, o Plano Tecnológico é uma estratégia de crescimento com base no Conhecimento, Tecnologia e Inovação.

Como tenho sido crítico do PT que tem vindo a ser apresentado, designadamente porque até agora no que li (relatórios) não encontrei nada de novo e, sobretudo de concreto, com excepção de algumas medidas algo erráticas nos campos mais diversos e que, com plano ou sem plano, são lógicas e merecem concordância como a introdução do inglês, ou a da integração dos jovens quadros nas empresas, lá estarei para ser melhor informado.

Continuo a pensar que estas e outras medidas com efeitos de longo prazo são úteis. Mas o Plano não pode ser construído no segredo dos deuses e tem de partir da realidade que temos. Porque precisamos de ser competitivos não vamos lá com as estruturas económicas e empresariais que há.

Há que criar condições para as mudar e dar sinais nesse sentido.

Ora a formação é determinante. Mas não se muda uma classe empresarial impreparada através da formação.

Aqui há que "acarinhar" projectos empresariais (nacionais e estrangeiros) que sejam de ruptura. Eles existem e aparecem a bom ritmo. Só que se perdem nas secretarias várias dos ministérios. O "choque de mudança" da classe empresarial assim não acontece.

Por isso, quase peço desculpa, mas este é um dos pressupostos que um Plano deveria contemplar e dar prioridade, pois é com projectos válidos que se criam riqueza e emprego, inclusive o mais qualificado.

E se esta minha óptica não está de todo errada, este plano não serve porque não caminha neste sentido.

No mundo de hoje, não podemos ter projectos "bons" à espera de decisão durante anos. As estruturas administrativas existentes não respondem, porque nunca se sabe onde está quem deve responder e é este caos que é preciso resolver de forma prioritária.

Não podemos ter uma API, que apesar de alertar para os custos de contexto, não os resolveu e tem projectos válidos a que nunca respondeu. Ouvi com atenção o que disse o Professor Miguel Cadilhe sobre o desempenho desta estrutura a que tem vindo a presidir.

Não estou a culpá-lo do mau desempenho da API que ele leu como bom. Fica sempre bem na hora de saída esta postura de elogio. A culpa nem será dele mas da rectaguarda.

E sem uma grande agilização na decisão, perdemos os projectos.

Há exemplos de como agilizar. Basta analisar e copiar/adaptando o que faz a vizinha Espanha.


Comments:
João Abel de Freitas,
regozijo-me por um Blogue da área política de suporte ao actual Governo, formular juízos críticos sérios. Estou de acordo consigo. A visão curta do actual Ministro da Economia, levou entre outras coisas conhecidas (demissões, atrasos, desconfianças) ao adiamento da versão final do documento de síntese do PT para o Conselho de Ministros desta manhã. Em matéria de decisões que se esperariam racionais, serenas e bem fundamentadas, não se podia fazer pior. Vejamos, agora, o seguimento.

WatchDog
 
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