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2005-11-11

 

Soares desafia Cavaco

Em tornée pelo país Soares chama Cavaco a terreiro:

"Vai-se tornando uma espécie de candidato a esfinge. Ninguém sabe o que diz nem o que pensa. Não fala sobre nada. Está silencioso. Anda a prolongar o tabu do silêncio!

Cavaco ouviu. Lá longe, recinto fechado, entradas controladas, contraditório excluído, lá vem ele, quase esfíngico:

"Eu não estou numa luta partidária. Há outros candidatos que estão numa luta partidária. Eu sou um candidato independente. Eu estou aqui apenas porque quero ajudar a melhorar o futuro do meu país."

E assim, furtivo, Cavaco lá vai fugindo ao debate como o diabo da cruz.


Comments:
RN, a melhor defesa do Cavaco é fugir ao diálogo, assim as palavras vão esvoaçando e quando chegar a hora ninguém se lembra de nada. Boa estratégia esta, mas a mim não me leva!
 
Acho que Cavaco coonseguiu armadilhar o esquema dos debates, do contraditório tão querido dos que apreciam o confronto de ideias. Dever-se-ia compreender à esquerda (passe o pretenciosismo) que os candidatos têm de eleger outros protagonistas que representam Cavaco (sem necessariamente darem por isso). De outro modo será Cavaco a marcar pontos pela sabedoria com que neutraliza tantos opositores.
 
E que dizer da "recuperação" das frases utilizadas pela ditadura do Estado Novo: "Portugal Maior" e "Portugal precisa de Si", por parte da candidatura do professor de Boliqueime?
Já há dias havia chamado "Assembleia Nacional" à Assembleia da República!

Porquê tanta inspiração em Salazar?
Começo a ficar com medo de Cavaco Silva!
 
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