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2005-12-06

 

Adensa-se o nevoeiro londrino sobre o Orçamento da UE

A presidência britânica da UE apresentou a sua proposta de orçamento para 2007-2013.

É uma proposta de orçamento com cortes de 21 000 milhões de euros face à anterior proposta da presidência luxemburguesa que foi rejeitada pelos países membros. No que se refere a Portugal o corte mais significativo prende-se com o desenvolvimento rural.

A proposta está à beira do chumbo, a não ser que grandes progressos nas negociações ocorram rapidamente e com éxito. Mas existem muitas nuvens, muita demagogia e incoerência dos líderes, sendo que alguma sensatez a haver advém dos países do último alargamento.

Porquê esta minha afirmação?

A verba que será atribuída a estes países é significativa em termos do seu PIB actual e se for bem orientada a sua aplicação constitui uma preciosa ajuda ao seu desenvolvimento. É, pois, um montante significativo não inferior em termos relativos percentuais ao que tem sido atribuído a Portugal onde os desperdícios e a má utilização são bem conhecidos de todos. Foi uma repetição mais do mesmo. Até cavaco ontem reconheceu que se privilegiou mais "o betão".

Quero com isto dizer que a proposta britânica é boa?

Não. Até porque contraria tudo o que diz defender. Não propõe um corte drástico na PAC. Não propõe um aumento significativo nas verbas para a promoção da competitividade, limitando-se a uma corte generalizado apenas.

Vem aí Cimeira de 15 e 16 deste mês, aguardemos a eventual necessidade de um by-pass na UE.


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