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2005-12-27

 

O que se vê nas televisões

Abri o telejornal mesmo a tempo de observar, em directo, o apoio dos Verdes ao candidato Jerónimo de Sousa.
Duas grandes dúvidas se agigantavam nas preocupações dos eleitores. Primeira: haverá uma ou duas voltas? Segunda: por quem se decidirão os Verdes?
Suspenso desta decisão o país viu finalmente este "partido" tomar uma decisão e suspirou de alívio. E, a meu ver, decidiram bem.
O telejornal explicava ainda que por detrás de tal decisão estavam 200 ecologistas. 200? Terei ouvido bem? 200 mil também me parece um pouco optimista. Heloísa Apolónia que fez a despesa da conversa não aclarou o assunto. E foi pena.



O Partido Os Verdes!

Segundo fonte bem informada ou os Verdes já não são nada do que eram ou então são o que sempre foram.

Só eram aceites na coisa - segundo as tais fontes geralmente bem informadas - ou algum simples e desprevenido ecologista que se inscrevesse e que mal percebesse onde estava logo se poria ao fresco ou apenas militantes suficientemente firmes que aceitassem o sacrifício de fingir pertencer a um partido tendo o coração no outro e suficientemente disciplinados para não se descairem a contar o segredo e borrar a pintura.



Jerónimo com os Praças da Armada

O telejornal, não sei se por maldade, colocou na peça informativa o candidato do PCP com a Associação dos Praças da Armada imediatamente a seguir ao encontro em que os Verdes, para surpresa geral, comunicaram a Jerónimo de Sousa o seu apoio. Pode ter sido mera casualidade mas as pessoas associam...

A Associação de Praças da Armada não comunicou o seu apoio ao candidato Jerónimo de Sousa. Nem seria estatutário. Passou-se o contrário. Jerónimo manifestou o seu apoio à APA nas suas "justas" lutas.

Tendo em conta o posicionamente de classes, seria de esperar ver um destes dias Cavaco Silva reunir com a Associação dos Oficiais das Forças Armadas (AOFA) mas... segundo fonte geralmente bem informada, a haver reunião, será com Jerónimo de Sousa. A seu pedido. Claro.



O Tsuname um ano depois.

Um ano depois, muito do dinheiro prometido ainda não chegou. É o costume. Promessas para encher o olho do eleitor e subir nas sondagens. Os maiores devedores: os mais ricos, os Estados Unidos e a União Europeia.

O noticiário lembrou que morreram oito portugueses que passavam férias na Tailândia. Se não houvesse televisão a mostrar-nos a apolcalíptica tragédia e as centenas de milhar de asiáticos mortos provavelmente hoje estaríamos mais impressionados com a morte dos 8 portugueses.

Há casos em que a imagem é decisiva. Sem menosprezar a luta heróica do povo timorense e dos mais de 100 mil mortos pelas tropas indonésias e a desagregação do regime de Suharto, interrogo-me se teria havido a independência de Timor-Leste se não tivesse sido difundido nos EUA e no resto do mundo o vídeo do massacre de muitas dezenas de pacíficos cidadãos que se manifestavam contra a morte de duas vítimas da repressão indonésia, em 1991, no cemitério de Santa Cruz, em Dilli?


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