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2005-12-03

 

Os ELEITOS

Escandalizava-se o honesto contribuinte - e com razão - com a reforma vitalícia dos deputados que durante pelo menos 12 anos representassem, em S. Bento, o bom povo e a que Sócrates, em acertada hora pôs fim. 12 anos dariam aí uma reformazita de 250 contos por mês.
Desconhece o honesto cidadão - isso sim, caso para boquiaberto espanto - as reformas dos Senhores Administradores (com A grande) do Banco de Portugal. Reformas como aquela do arrependido ministro das Finanças Campos e Cunha que aos 48 anos de idade ganhou uma reforma vitalícia de 1.600 contos por mês, 14 vezes por ano, por ter durante 5 árduos anos ajudado a administrar o BP.
O regulamento daquelas reformas está tão blindado contra qualquer imprevisível percalso - só mesmo ex-governadores ou candidatos ao cargo poderiam ser tão previdentes e exaustivos - que um Eleito (sentido bíblico) uma vez empossado tem garantido para o resto da vida aquela maquia todos os anos actualizada, tenha mais uma ou mais vinte reformas, trabalhe ou descanse, quer se despeça no dia seguinte à tomada de posse ou seja posto na rua por indecente e má figura. Por isso aqui na caixinha das surpresas se recomenda e com oportuno sentido de solidariedade aos futuros Eleitos: “Trabalhe um dia, receba uma pensão de reforma vitalícia e dê a vez a outro.”

Comments:
Mas neste sistema ninguém tocou, nem o "seráfico" governador, que é sempre chamado para avalizar todos os ministros das finanças, sejam eles quem fôr.Isto é no mínimo escandoloso. São muitos milhões que não entram para o equilíbrio.
 
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