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2005-12-28

 

Puxa!!! Palavra!? (2)


Cavaco com limão (na capa do DN de hoje)

Chegamos ao fim de 2005 com o candidato da direita bem colocado, apesar de, ao contrário do que muitas esperanças tramontanas ambicionam, não ter garantido a repousante vitória logo à primeira volta. A peripécia da secretaria de estado para monitorizar o investimento estrangeiro em Portugal, pode ainda dar os seus frutos, mas estamos a falar de algo cujo impacto nas «intenções de voto» pode ser diminuto.

A viragem, agora, à entrada da campanha eleitoral propriamente dita, deveria operar-se pela enfatização, nos discursos dos candidatos das esquerdas, das razões que devem levar todos os eleitores de esquerda a votarem no candidato mais próximo das suas posições ideológicas e/ou programáticas.

Está na hora de votar num dos candidatos das esquerdas, afirmativamente. O voto não tem de ter, necessariamente, um sentido anti-cavaquista. O apoio, pela positiva, aos candidatos das esquerdas, tem de deixar de ser e de parecer, um confrangedor conformismo com um mal menor.

Cavaco Silva, como se pode depreender pela foto supra, prapara-se para uma viragem decisiva no seu marketing de campanha. Queriam associá-lo às forças laranja? Pois terão de se haver com um renovado Cavaco... com limão.


Comments:
Caro MC,

se me permite um comentário desapaixonado (?) a questão fundamental destas presidenciais coloca-se assim. O candidato das direitas, mais ou menos em consonância com elas, preparou longamente a sua candidatura; as esquerdas, atrasaram-se, desentenderam-se e, finalmente, decidiram desencadear uma espécie de primárias (estilo USA) na primeira volta oficial. As direitas fizeram de formigas; as esquerdas, de cigarras. O resultado vai ser interessante. Vamos ver as cigarras a trabalhar e as formigas a cantar?

WatchDog
 
O namoro a prestar por parte dos candidatos das esquerdas deve ser ao centro. A esse grande centrão que decide as legislativas e que correu em grande maioria para a figura paternalista e autoritária de Cavaco, o "Fazedor".

Quando mais centrista e moderado fôr o discurso, melhor. Não é altura para radicalismos. Nesse aspecto Soares leva vantagem sobre Alegre, e talvez venha daí a sua subida sensível nas sondagens. Alegre congrega muitos votos de protesto da esquerda clássica, que contundo não devem bastar, dados os votantes oscilantes do "centrão" reunem normalmente 30% de todos os votos.
 
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