2006-01-15
As três mulheres de esquerda
A rotura ainda é maior se se tiver em conta o corte com a cultura vigente e os preconceitos ainda muito vivos na sociedade chilena pois, como admitiu na campanha, cometeu todos os "pecados", socialista, mãe solteira e agnóstica.
Tarja Halonen, 62 anos, social democrata, presidente cessante, obteve ontem 46,4 % dos votos na primeira volta das eleições presidenciais da Finlândia deixando em segundo lugar o conservador Sauli Niinisto com 24%.
"Após seis anos no poder, a candidata social-democrata, de 62 anos, que foi a primeira mulher presidente no seu país, atingiu o estatuto de “mãe da Pátria” finlandesa, gozando de uma popularidade pouco comum entre os políticos desta próspera economia europeia.
Ségolène Royal socialista, 52 anos, companheira de François Holande secretário-geral do PSF e ex-ministra "bate todos os recordes de popularidade nas sondagens desde que anunciou em 22 de Setembro encarar a sério a possibiliade de entrar na corrida ao Eliseu em Maio de 2007" (Público, 2006-01-15). terá de vencer em Novembro próximo as primárias no PSF para saber se é a favorita do Partido. Não lhe faltam potenciais e poderosos concorrentes, o ex-primeiro ministro e ex- secretário-geral do PSF, Leonel Jospin, Laurent Fabius que liderou o não à constituição europeia ou Dominique Straus Kahn ex-ministro da economia que não gostou que ela fosse ao Chile apoiar Bachelet.
Pode ser que eu esteja demasiado mergulhado no assunto mas a opinião que tenho de Ségolène Royal não a coloca ao nível das outras.
Enquanto ministra do Ensino Escolar não deixou grandes saudades, ocupou-se de assuntos importantes mas não tocou no essencial, nomeadamente na igualdade de oportunidades e nas zonas díficeis.
Martine Aubry é mais polémica mas deixou as 35 horas e uma tentativa de reforma do sistema social.
Se te aprouver e tiveres tempo podes pôr aí um post com mais sumo.
Um abraço.
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