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2006-01-29

 

A Bolívia e a coca


Evo Morales, deputado pelo MAS, meses atrás, viu recusada a entrada na base militar Chimoré tutelada pelos EUA, por "suspeito de narcotráfico". É aliás, assim que é referido mum site, não actualizado, do Departamento de Estado norte-americano. Ontem foi visitar a base que lhe estava interdita onde lhe foram prestadas honras como chefe de Estado e comandante em chefe das forças armadas.

O dossié coca irá transformar-se provavelmente um dos mais quentes temas do contensioso com a Administração norte-americana que além de uma ajuda de 90 milhões de dólares anuais para o programa de erradicação da coca (coca zero) instalou com esse objectivo (ou pretexto) uma base militar na Bolívia.

Mascar a folha de coca é uso secular na região andina. A folha de coca também tem uso medicinal e faz parte do mercado legal regional. É permitido o cultivo de uma parcela de 40x40 metros por família em certas regiões tradicionais. O novo Governo procede a um estudo para definir o volume do mercado legal e do número de famílias a poder cultivar a coca.
Desde há anos que prossegue, com apoio militar, um plano de destruição de culturas ilegais. Morales promete defender a continuação da cultura da coca e a lutar contra o narcotráfico.

Os EUA querem coca zero na Bolívia e Morales parece querer responder com cocaína zero nos EUA. Falta-lhe, no entanto, o que sobeja ao vizinho do Norte, a força.

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