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2006-01-30

 

E porque não uma revolução na Palestina?

Dito isto, nos cânones "ocidentais", não passa de um "absurdo" chocante.

Façamos uma concessão com esta leitura. As situações mudam e evoluem porque as circunstâncias as obrigam ou então porque as pessoas pensam e procuram adaptar-se às mudanças. É o que vai acontecer na Palestina. O Hamas ganhou dando uma grande lição à corrupta Fatah. Manter aquele aparelho por muitos subsídios que lá chegassem pouco sobrava para aplicar na recuperação económico social. Muita gente de bolsos cheios deve estar a gozar aí pela Europa e a pensar que resultado maravilhoso!!!

Devemos ser piedosos mas não tanto.

Mas não é só o Hamas que tem de se ajustar. Há aqui um campo de progresso e ajustamento a fazer dos dois lados. E se isso se der ... pode estar aberto um caminho de progresso... O Hamas deverá tender para reconhecer Israel...mas não tem nem deve entregar-se. O Ocidente tem de mostrar que não pretende realmente perpetuar esta guerra e por isso tem de ver o que exige e o que cede... e, neste jogo, o papel de Bush poderá ser secundarizado.

Esta "revolução" pode ser mais importante que a da Bolívia que, no meu entender, está inclinada, com novos ingredientes é claro, para um trajecto próximo da Fatah.

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