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2006-02-24

 

Enterrar os machados de guerra

O CRAVO E O TRAVO*

Que farei eu agora amigos meus se não há sítio
se telefono e alguns já não respondem
que farei eu agora sem programa
sequer a ilusão lírica?
Tínhamos causas projectos navegações
ocultas
tínhamos até aquilo a que chamávamos
a perspectiva
um sentido da História uma espécie de Deus.
Que farei eu agora amigos meus
se já não há surpresa

...
* Primeiros 11 versos do poema o "Cravo e o travo" in Manuel Alegre "Livro do Português Errante" Publicações D. Quixote 2001.



Tal como João Tunes fez [aqui] eu enterro com estes versos de Manuel Alegre o meu machado da guerra que galhardamente travámos cada um no seu bando. Sem bulir na amizade mas rosnando entredentes metas e programas. Eu carregando Buda como ele dizia, ele em Alegre torneio, ambos procurando a estrela de Belém [uma estrela que lá vem lá vem]. E pronto cá estamos outra vez do mesmo lado. Onde sempre estivemos!


Comments:
É belo não sei se mais a poesia se o enterrar dos machados. Mas também tinha piada estar em campos diferentes. Dava mais dinâmica.
Vejam lá se não é melhor voltar a desenterrar?!
 
Pois de machado no ar isto ganha outra animação. Vou interrogá-lo.
 
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