2006-02-27
Faltará a Portugal uma Estratégia de Desenvolvimento do turismo ?
O turismo pode ser um grande vector do desenvolvimento de Portugal. É consensual, embora o consenso seja genérico e não de conteúdo. Precisamos, mas há que planeá-lo numa base estratégica (qual?) para não se cometerem os erros que se fizeram em outras actividades e matar "a potencial galinha de ovos de ouro".
Linhas de acção estratégica que comprometam a acção governamental e os investidores.
Este alerta/preocupação, não sendo já a primeira aqui, hoje é lembrada por um artigo no DEconomia de Henrique Veiga Preocupante, não? que nos coloca uma série de questões bem fundamentadas sobre o sobreinvestimento de muitos dos projectos empresariais (relação custos benefícios).
Face aos preços praticados na hotelaria portuguesa para poder ser competitiva, comungo daquela preocupação. Hoteis de 5 estrelas a praticar preços de 4 quando não de 3 por sistema.
Mas interrogo-me e não entendo porque se continua a olhar para o turismo com uma visão muito tradicionalista. O mundo evoluiu. A globalização existe e puxa pela inovação. Não haverá segmentos novos a explorar, bem dinâmicos? Não se poderá pensar num "casamento turismo/saúde", fora do redutor conceito das termas, se bem que ainda mal explorado? Porque não se lança, melhor não se começa a equacionar, de "forma sustentada", o turismo da descoberta económica (designação francesa) que é um turismo muito polivalente em termos de captação de visitantes e em que Portugal tende para zero?
Preocupações, de que não vejo resposta.