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2006-03-23

 

A Agenda Política

Por uma questão de "agenda política" o PS e o governo não vão aprovar uma proposta do BE relativa à simplificação dos divórcios (ver dn).

Posso estar de acordo com vários tipos de argumentos para não aceitar uma proposta:
Não é admissível que os nossos políticos argumentem com algo que pode ser tão abstracto como "agenda política". Ainda mais dando a entender que se trata de uma questão de protagonismo (como se pode ler nas entrelinhas da afirmação "A agenda política do Bloco é destinada a satisfazer o seu eleitorado.").

O PS já sofreu na "pele" este tipo de comportamento sectário muitas vezes e contra ele sempre se manifestou (como por exemplo quando no tempo de Durão Barroso propôs o cartão único).

A mentalidade tem de mudar também no governo e no partido do governo.
Quando existe uma proposta de um adversário deve fazer-se um esforço maior para conseguir implementá-la (se com ela se estiver de acordo).

Isto não quer dizer que defenda o pensamento único. Antes que se devem guardar as energias da discórdia para as questões que realmente nos dividem.

Só assim se conseguirá criar uma dinâmica positiva que nos leve a todos os Portugueses mais além.
Comments:
Uma nova postura democrática de negociação precisa-se. Como dizia um seu colega de Blog, até a Ana Draco defendeu num frente a frente com a Maria José Nogueira Pinto posições próximas da CAP. Porquê? Só que tem na agenda política o ataque ao governo. Ora isto não vai assim, de lado a lado, pelo que acho que o seu commenta clamapor uma nova forma de estar na política.
Ana Esteves
 
exacto! e depois não se queixem de que os portugueses são relutantes em conceder maiorias absolutas.

Se estas depois redundam em "autismos absolutos", não se admirem...

Mas tb falamos de Sócrates, não falamos? Provavelmente um dos mais "teimosos" e "autistas" políticos portugueses de Sempre...
 
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