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2006-03-22

 

Para onde vai a Agricultura Portuguesa?

Era interessante fazer-se alguma luz sobre o futuro agrícola deste país. Para onde queremos ou devemos ir?

Um estudo muito recente, muito falado, diz, segundo tem noticiado a comunicação social e também vi na TV o senhor Ministro do ramo confirmar, que apenas 20% dos solos portugueses têm aptidão agrícola competitiva.

O grande "celeiro" português (designação do tempo fascista), o Alentejo, fica quase todo fora destes 20%. Um grande problema pois sempre se veiculou a ideia de que Alentejo era agricultura e até o Alqueva nasce muito dessa ideia. Assim, é cada vez mais urgente descobrir os fins múltiplos deste empreendimento .

Mas fico à espera que algum grupo rapidamente apareça a dizer: cá está o estudo das celuloses -papeleiras.

Por outro lado, com a adesão à então CEE, milhares de milhões de Euros voaram para a agricultura, para quê? Sempre pior que antes.

Se exceptuarmos o vinho onde se realizaram progressos significativos e pouco mais, o país cada vez consome mais produtos agrícolas não produzidos no País. Resumindo, passou-se este tempo a queimar rios de dinheiro, a "especializar" um país no " arranca e dessarranca" de culturas agrícolas ao sabor dos tempos.

Será que é desta que se vai caminhar para uma estratégia de agricultura segundo as nossas características e mercados?

Será que é com os agricultores a manifestar-se, segundo entendi após algum esforço, sem razão, porque se o governo ceder ao que eles querem hipoteca os próximos 5 anos de fundos agro-ambientais, aplicando-os de forma nociva?

No entanto vejo, com alguma preocupação, pessoas com responsabilidades políticas como a deputada Ana Draco a defender e a apoiar as posições da CAP.

No mínimo era de ter dúvidas se estas reivindicações a serem satisfeitas iriam no bom caminho.


Comments:
Se apenas 20% dos solos portugueses são competitivos em termos agrícolas, temos que saber o que fazer aos restantes 80% de solos. Temos que saber como cuidar deles.

Cuidar desses 80% dos nossos solos terá que nos custar dinheiro. Além de não serem aptos para agricultura, muitos desses solos também não são aptos para silvicultura.

Trata-se de um problema cruel.

Que não pode ser deixado apenas aos privados.

Luís Lavoura
 
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