2006-03-14
Ricardo Lagos e Michelle Bachelet
Ricardo Lagos é também socialista como Bachelet e alcançou o poder, em Janeiro de 2000, por uma diferença de apenas 31 000 votos.
O que terá levado um país profundamente católico como o Chile a escolher uma mulher socialista, agnóstica e mãe solteira?
Afinal, cumpriu e deixa a presidência com um apoio popular da ordem dos 75%.
Juntando as profundas reformas na educação, saúde e justiça, em curso torna-se animadora a rota que percorre a sociedade chilena . E o povo percebeu e apoio a sua continuação.
R. Lagos dotou o Chile de acordos de livre troca com os EUA, UE e China, uma taxa de desemprego de 8% e uma taxa de crescimento de 6%.
Criar riqueza e montar os mecanismos da sua distribuição é bem aceite e desejado pelos povos.
Será que o Chile de Lagos e Bachelet poderão dar algumas boas práticas, ao lado da Finlândia e Suécia para a governação do nosso país?
Os críticos do regime chileno dizem que o número mais realista de pobres rondará os 40 a 50% em vez dos 20% oficiais... Por outro lado, 58% dos pensionistas chilenos recebem apenas 120 dólares mensais e a percentagem remanescente recebe reformas ainda mais reduzidas, formando grande percentagem desse número de pobres...
Melhorou, mas ainda lhe falta percorrer um longo caminho... E não faria mal nenhum políticas que reforçassem a classe média e reduzissem a pobreza, especialmente a rural.
A quando da vitória eleitoral referia: "mi compromisso será recorrer junto a ustedes um tramo más de esta grande alameda de libertad que temos venido abriendo". É uma ideia que evoca claramente Allende, no seu último discurso, quando já cercado no Palácio de la Moneda referia que mais cedo do que se espera vão se abrir as grandes avenidas por onde passará o homem livre.
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