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2006-03-17

 

Terrorismo de Estado e humilhação por uns votos


Ehud Olmert substituiu interinamente, como primeiro ministro, Ariel Sharon, e "por defeito" é o candidato do Kadima, o partido que aquele criou, às próximas eleições para o Knesset o parlamento de Israel. Sem o carisma de Ariel, temeroso dos resultados, Olmert decidiu mostrar que pode ser tão brutal ou tão terrorista como o seu émulo já fora para agradar ao eleitorado de extrema direita que se inclina para o seu rival do Likud.
Para isso deu ordem às tropas israelitas para tomarem de assalto a prisão palestiniana de Jericó, na Cisjordânia. Tiroteio, carros de combate e bulldozers ameaças de soterrarem os presos sob os escombros arrasaram parte da prisão e levaram os presos que entenderam para serem julgados por Israel. Não sem antes os humilharem obrigando-os a sairem meio nus, em cuecas para "se perceber que não traziam explosivos".
O moderado presidente da Autoridade Palestiniana interropmpeu a visita à Europa e acusou o Governo americano e inglês de cumplicidade com o "crime vil" e com a "humilhação ao povo palestino". Estes governos, representantes da cristandade junto dos lugares santos, protestaram a sua inocência mas Olmert que quer os votos, disse que os tinha consultado. De modo que a retirada dos guardas americanos e ingleses que custodiavam a prisão, 10 minutos antes da chegada do exército israelita, que até então era tida por uma "plausível" coincidência, passou a ter uma explicação oficial.
Às vezes penso se não será por coisas destas que se torna tão fácil incendiar os ânimos daquelas gentes contra "a liberdade de expressão" ou seja o que for do respeitável Ocidente?

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