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2006-04-18

 

Já que me lembrei de Natália Correia

A minha agenda política é muito estranha. É ditada pelo "que me apetece".

Fui fazer uma pesquisa e encontrei o seu memorável poema que fez mais pela luta contra a penalização da IVG do que 100 discursos.

A deputada Natália Correia, escreveu e distribuiu no hemiciclo o poema que abaixo se transcreve, dedicado pela autora ao seu colega João Morgado. Este parlamentar do CDS afirmara, numa intervenção sobre a questão do aborto, que o acto sexual só é justificável tendo o objectivo a procriação.



A função e o órgão (Natália Correia)

Dedicado ao deputado João Morgado

Já que o coito - diz o Morgado
Tem como fim cristalino
Preciso e imaculado
Fazer menina e menino,
E cada vez que o varão
Sexual petisco manduca
Temos na procriação
Prova que houve truca-truca.
Sendo pai de um só rebento
Lógica é a conclusão
De que o viril instrumento
Só usou - parca ração! -
Uma vez. E se a função
Faz o órgão - diz o ditado -
Consumada essa operação
Ficou capado o Morgado.

(Natália Correia)


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