2006-04-20
Mudando de Planeta ...(3)
No princípio deste mês, a PricewaterhouseCoopers, apresentou um estudo, no Horizonte 2050, em que se antecipa a situação económica das principais nações industriais, em contraponto às principais economias emergentes: grupo dos países G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) vs grupo dos países E7 (China, Índia, Brasil, Rússia, Indonésia, México e Turquia).
O estudo da PwC que se intitula "The World in 2050: How gig will the emerging market economies get and how can the OECD compete? " tem aspectos interessantes e outros decepcionantes para as economias de topo actuais.
Alerta para que as economias da OCDE olhem para a deslocalização do potencial económico em curso para as economias emergentes como uma oportunidade de crescimento e não como um cataclismo económico, designadamente para os consumidores facilita o acesso a bens já de qualidade e a preços muito baixos e para as empresas, como fornecedoras de matérias primas e produtos intermédios .
No momento actual, o grupo dos países E7 apenas representa cerca de 20% da performance das economias mais industrializadas, mas em 2050 representará mais 25% da performance das mesmas, medida pelo PIB.
Neste contexto, a China e a Índia são os campeões. A China, em 2050, terá um PIB em dólares correntes, aproximado ao do EUA, mas em paridades de poder compra (ppc) representará 140. A Índia com um Pib de 58% equivalerá a 100 em ppc.
Curiosos são os resultados comparativos das economias do G7 e E7, apresentados no estudo.
Vejamos:
- As economias do México, Brasil, Rússia, Turquia e Indonésia partem de um valor hoje entre 2 a 6% da economia americana para atingir 10 a 20% desta última.
- Ao contrário, a maior parte das economias da OCDE - excepção do Canadá e Austrália - perderão terreno face à economia americana, o que se explica por um abrandamento da evolução demográfica em idade activa.
A economia japonesa tornar-se-á tão importante quanto a economia brasileira e indonésia (após ter sido ultrapassada pela China e Índia).
As economias da Alemanha, Reino Unido e França tornar-se-ão mais pequenas que a economia mexicana e próximas da da Rússia.
A economia italiana será tão importante quanto a da Turquia (10% dos EUA).