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2006-04-17

 

O drama do Parlamento meio vazio

A avaliar pelos jornais e aqui, pela gazeta da casa, uma grande quantidade de portugueses acha que o país devia estar de luto por causa do que se passou no Parlamento.
Tenho-me esforçado, mas sem êxito, para entrar na procissão dos portugueses escandalizados com os deputados que foram para férias pascais um dia ou umas horas mais cedo do que permitia a votação de umas leis que, aposto, ninguém que protesta sabe quais são e que tanto faz serem votadas nas vésperas da Sexta-feira Santa como depois de o nazareno cruxificado..
Eu sei que alguns dos críticos (em particular os que publicam aqui no Puxa;-) são gente de bem e que apenas gostariam de ver os latinos, meio-judeus meio-mouros que somos, com uma mais ampla costela nórdica e calvinista. Mais respeitadores da lei, mais rigorosos consigo próprios e mais frugais. Estou em crer, no entanto, que uma amplíssima parte dos mais exaltados críticos que pelo país fora exige as legiferadoras cabeças são simples invejosos.
É claro que não aprovo os deputados que num momento em que julgavam os media distraídos se tenham esgueirado para transformarem numas mini-férias um fim de semana alargado. Mas acho desproporcionado o alarido e que ele não deixará de ser habilmente aproveitado para levar a água ao moinho dos que estão sempre prontos para denegrir o Parlamento com o objectivo de atingir o sistema democrático.

Comments:
OK.
Até posso admitir a minha ignorância do funcionamento da AR.

Mas então como dizes na tua excelente explicação algo está mal.

É muito dificil andar a defender que algumas das medidas como as relativas aos professores por parte do governo são justas e correctas (e eu que participo em duas associações de pais vejo que a ministra tinha toda a razão. Os abusos eram mais que muitos) e depois ver os meus argumentos desarmados por aqueles (ou parte deles) que suportam politicamente o governo.

Também não concordo que a maioria dos críticos serão pura e simplesmente invejosos. Serão possívelmente ignorantes como eu. Ou talvez apenas se sintam revoltados pela imagem que viram (seja ou não grave).

Outra teoria com a qual não concordo é aquela onde dás a entender que a critica ao parlamento fará o jogo dos inimigos da democracia. Este pensamento levou historicamente a justificar acções que me recuso a enumerar.
 
Cada coisa no seu sítio. Acho que temos de levar até ao "fim Possível" as coisas.

Os deputados são os representantes e não se lhes pode passar o atestado de irresponsáveis. Errar é de Homem. Não assumir é de ...

Acho que os faltantes têm o direito de se defenderem assim como os partidos de que são parte integrante justificarem-se.
# posted by Joao Abel de Freitas : 17/4/06 3:11 PM
 
Ah. É verdade.
A bem do rigor não estava meio vazio. Estavam lá 111 dos 230 deputados.
E a imagem também não coincide ;-)
 
RN, percebo a preocupação. Mas nada mais denigre o Parlamento que a má conduta dos seus pares. Ana Esteves
 
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