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2006-04-22

 

O nuclear em Portugal

Portugal já teve aquele mínimo de embrião técnico, primeiro na JEN e depois no INETI (Sacavém), que acompanhava não deixando passar ao lado o que ia acontecendo a nível mundial em termos de tecnologia e de tendeências

Esse embrião mínimo foi desaparecendo... e hoje estamos no ponto zero.

Aprecio que Sócrates tenha vindo dizer dizer que Portugal precisa de um "debate racional" em Portugal sobre a energia nuclear, embora seja de lembrar que há bem pouco tempo o Primeiro Ministro dizia que esta era uma matéria que não estava na agenda do governo.

A evolução dos preços do petróleo e as expectativas , onde se admite que o preço do crude possa atingir rapidamente os 100 dólares/barril trouxeram uma mudança de contexto que leva a pensar em alternativas e portanto é positivo que o primeiro ministro corrija a rota de tiro e muito seriamente se faça um debate e monte aquela estrutura mínima que nunca deveria ter sido desmantelada.


Comments:
Eu não sou entendido na matéria, mas eu diria que têm de ser tomadas medidas urgentemente para mudar a dependência energética que temos actualmente.

Tal como na natureza, em que todos concordam que a bio-diversidade é a melhor estratégia, também na energia se poderia adoptar uma estratégia multipla,na qual eu incluiria a energia nuclear.

Claro que todas elas têm de ser estudadas, avaliadas e discutidas, mas é urgente fazer qualquer coisa.
 
Meu caro Lester

Acho que colocaste bem a questão. Portugal tem de tomar medidas para reduzir a sua dependência do petróleo.Medidas pesadas, porque o que não se fez até à data é irreversível. Iniciando agora o que já se deveria ter feito só produz efeitos a longo prazo. Não sei mesmo até que ponto os problemas graves da economia portuguesa vão poder resistir a que não se decrete a redução no abastecimento de produtos petrolíferos. Vêm aí medidas gravosas, porque se a produção se reduz e não se exporta por falta de competitividade e, pelo contrário, se importa, como é?
 
É pena que Sócrates (e os outros) tanto se atrasem em aperceberem-se que a era do petróleo barato acabou. Esse fim há muito que estava previsto.

Uma central nuclear demora 6 anos ou mais a entrar em funcionamento. E apenas cobre uma parte despicienda das necessidades energéticas totais (que incluem as não-elétricas) do país. Um programa nuclear, a ser inciado, deveria tê-lo sido há um década.

Agora, já será tarde para evitar os efeitos calamitosos sobre a economia nacional da subida do preço do petróleo.

Luís Lavoura
 
As reservas mundiais de urânio 235 - aquele cuja fissão se usa nas centrais nucleares convencionais - não duram mais do que as reservas mundiais de petróleo. A não ser que se ponham em prática outro tipo de reatores - os regeneradores, que utilizam plutónio - a utilização de energia nuclear descamabará rapidamente num problema semelhante à utilização do petróleo.

Luís Lavoura
 
Caro Luís Lavoura,

Na questão do nuclear tenho reparado que a contra-informação tem sido usada de forma extensiva.

No que se refere ao Urânio por exemplo noticiou-se (um prof do IST) que o que existe em portugal só daria para alimentar uma eventual central durante 10 anos.

Ora como a minha mulher trabalha na área informei-me e este número diz respeito às resevas de urânio actualmente catalogadas na região de Nisa. Nas outras regiões do País o estudo nem sequer está completo, existindo estimativas que colocam esse número muito mais para cima.

Assim pedia-lhe, se possível, que divulgasse as suas fontes.
 
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