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2006-04-30

 

Quando o Estado é social!

De acordo com o Eurostat e relativamente a 2004 o livre jogo do mercado deixa Portugal (27%), no que diz respeito à taxa de risco de pobreza (percentagem da população com um rendimento inferior a 60% da média da população) confortavelmente melhor que a ambicionada Suécia (30%), a exemplar Finlândia (29%) ou a rica Dinamarca (31).
A grande diferença não está entre os capitalismos de lá e o de cá mas sim no que fazem os respectivos Estados e Governos para corrigirem as grandes desigualdades que o livre mercado provoca.
Nos países nórdicos, com as transferências sociais, os 30% baixam para 11 e em Portugal os 27 baixam apenas para 21%.
Duas conclusões: Estado Social não é mera figura de retórica. O Estado, na Suécia, na Finlândia ou na Dinamarca, retira do risco de pobreza 19% da população . Por outro lado, desde que adaptado às mudanças do mundo (caso daqueles países), o "modelo social europeu" não se opõe a desenvolvimento económico, antes o garante e promove. Por isso do que Portugal necessita é de mais Estado social e não menos como quer uma certa direita. Mas com a condição de o adequar às realidades emergentes.
[Link] (O gráfico é do DN-Economia de 2006-04-27)




O gráfico [DN-Economia] diz-nos que no ano de 2004 os 20% dos portugueses mais ricos ganhavam 7,2 vezes mais que os 20% mais pobres. Ora a média nos 25 estados da UE foi de 4,8 o que revela uma situação social incomparavelmente menos desigual.
O gráfico mostra a evolução desde 1995 e se é provável que factores como desenvolvimento económico e desemprego tenham tido papel importante a realidade é que os valores baixos correspodem aos Governos de Guterres e os altos, antes e depois, aos governos do PSD ou PSD/CDS. Será interessante saber o que nos dirá o Eurostat daqui a uns anos sobre Sócrates.

Comments:
Bravo!! - abraço, IO.
 
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