2006-04-13
Uma vergonha
A falta de quórum na AR é uma total e absoluta vergonha para a classe política.
O desconto de um vigésimo do vencimento dá vontade de rir.
Os senhores deputados faltam para ir mais cedo para férias demonstrando um total desrespeito pela República pela qual foram eleitos e a única consequência é não serem pagos por esse dia !
Inaceitável !
Como podem andar a falar de produtividades e da necessidade fazer avançar Portugal com comportamentos destes. E as respostas dos lideres : uns sacodem a água do capote e os outros nada dizem.
Ocorrido antes de uma ponte, pondo em causa os trabalhos da AR e dando a imagem pública que deram deveriam ser fortemente penalizados. Não me venham com as histórias de estarem na AR a prejudicarem a sua vida e apenas por questões altruístas. Só se candidataram porque quiseram.
Como cidadão, no minimo gostava de ouvir um pedido de desculpas e medidas ou intenções de tal não voltar a acontecer.
O desconto de um vigésimo do vencimento dá vontade de rir.
Os senhores deputados faltam para ir mais cedo para férias demonstrando um total desrespeito pela República pela qual foram eleitos e a única consequência é não serem pagos por esse dia !
Inaceitável !
Como podem andar a falar de produtividades e da necessidade fazer avançar Portugal com comportamentos destes. E as respostas dos lideres : uns sacodem a água do capote e os outros nada dizem.
Ocorrido antes de uma ponte, pondo em causa os trabalhos da AR e dando a imagem pública que deram deveriam ser fortemente penalizados. Não me venham com as histórias de estarem na AR a prejudicarem a sua vida e apenas por questões altruístas. Só se candidataram porque quiseram.
Como cidadão, no minimo gostava de ouvir um pedido de desculpas e medidas ou intenções de tal não voltar a acontecer.
Comments:
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Não conheço o regulamento do Parlamento português, mas o teu post faz-me lembrar uma discussão que tive recentemente com um amigo que conhece bem o sistema francês.
Eu dizia-lhe que acho incrível a imagem do Parlamento às moscas; aqui há cerca de 600 deputados e em algumas votações participam 150 deputados (a noção de quorum não se aplica). Explicou-me esse amigo que há duas grandes razões para isso: a primeira é que a maior parte dos parlamentares participam em comissões que se reunem à mesma hora que o plenário nas quais se decide muita coisa, a segunda razão é o sistema de eleição uninominal que obriga os deputados a estarem presentes nas suas circunscrições para não perderem o contacto com os elietores.
É óbvio que este sistema deixa imenso a desejar pois promove a acumulação de mandatos locais e regionais com o deputado ou senador, e também não se percebe bem por que razão não se separa o trabalho das comissões do plenário. Mas o meu post é só para assinalar que, às vezes, as coisas não são tão evidentes como parecem.
Eu dizia-lhe que acho incrível a imagem do Parlamento às moscas; aqui há cerca de 600 deputados e em algumas votações participam 150 deputados (a noção de quorum não se aplica). Explicou-me esse amigo que há duas grandes razões para isso: a primeira é que a maior parte dos parlamentares participam em comissões que se reunem à mesma hora que o plenário nas quais se decide muita coisa, a segunda razão é o sistema de eleição uninominal que obriga os deputados a estarem presentes nas suas circunscrições para não perderem o contacto com os elietores.
É óbvio que este sistema deixa imenso a desejar pois promove a acumulação de mandatos locais e regionais com o deputado ou senador, e também não se percebe bem por que razão não se separa o trabalho das comissões do plenário. Mas o meu post é só para assinalar que, às vezes, as coisas não são tão evidentes como parecem.
Não embarquemos nesta demagogia populista. A burocratização da função de deputado, como se devessem passar todo o dia em S. Bento, quando o essencial do trabalho político se faz fora da Assembleia, levará necessaramente à sua extinção. Era mais lógico sim que se exigisse que os deputados contactassem mais os cidadãos nos círculos que os elegeram e não que estivessem encerrados em S. Bento.
Deve-se exigir que os deputados exerçam a sua função com liberdade e responsabilidade e não necessariamente que tenham que picar o relógio de ponto à entrada e saída.
José Manuel
Deve-se exigir que os deputados exerçam a sua função com liberdade e responsabilidade e não necessariamente que tenham que picar o relógio de ponto à entrada e saída.
José Manuel
substituição imediata pelo partido que os colocou na Assembleia , como cidadão que me prezo peço a imediata saida dos faltosos não só das mini-férias comos os faltosos de áh 8 meses atrás , caso não o seja feito a partir deste momento não acreditarei em mais nenhum partido politico , é tudo uma base de interesses do nosso vosso reino , incrivel é o minimo que se pode dizer da falta de caracter e de interesse nos assunto de Estado deste País , não venham dizer que se está a empolar um assunto demasiado , os senhores mostraram uma faltade respeito pelos cidadãos e pelo País.
Burocratização ?
Populismo ?
O que ocorreu serve sobretudo para mostrar que o trabalho político é treta.
Acho que devem picar ponto !. Como todos os funcionários públicos. E como estes (infelizmente ainda não em todos os organismos) sempre que existir trabalho de campo deve ser feito um relatório, claro sobre onde foram, com que objectivos, com que custos. E este deve ser público.
De que outra forma poderemos defender a nobreza do trabalho de deputado ?
Populismo ?
O que ocorreu serve sobretudo para mostrar que o trabalho político é treta.
Acho que devem picar ponto !. Como todos os funcionários públicos. E como estes (infelizmente ainda não em todos os organismos) sempre que existir trabalho de campo deve ser feito um relatório, claro sobre onde foram, com que objectivos, com que custos. E este deve ser público.
De que outra forma poderemos defender a nobreza do trabalho de deputado ?
Os deputados são titulares de um orgão de soberania por delegação dos cidadãos-eleitores não funcionários publicos. Sim porque quando se vota é em deputados e não num eventual primeiro-ministro.
Se considera que aqueles em que votou são incompetentes a solução é votar noutros. Eventualmente se pertencer a um partido político também pode tentar que as escolhas para as listas sejam de melhor qualidade.
Além disso considero bastante pior a acumulação do cargo com outras funções (nomeadamente a advocacia) ou a forma como os líderes das bancadas arrebanham os deputados que, desde há muito tempo, deixaram de ter voz e pensamento próprio (pelo menos publicamente).
José Manuel
Se considera que aqueles em que votou são incompetentes a solução é votar noutros. Eventualmente se pertencer a um partido político também pode tentar que as escolhas para as listas sejam de melhor qualidade.
Além disso considero bastante pior a acumulação do cargo com outras funções (nomeadamente a advocacia) ou a forma como os líderes das bancadas arrebanham os deputados que, desde há muito tempo, deixaram de ter voz e pensamento próprio (pelo menos publicamente).
José Manuel
Não são funcionários públicos mas enquanto eleitos para um orgão de soberania têm deveres a cumprir.
E se são como os outros cidadãos (aliás como o presidente do grupo parlamentar do PS afirmou) tem de existir um controlo efectivo dos seus deveres.
Não concordo com a tese de que teremos de eleger outros deputados ou membros para as listas dos partidos. Deve ser ao contrário.
Quem for eleito deve obrigatóriamente de cumprir um minimo de regras.
Já que se fala na acumulação eu não podia estar mais de acordo. Acabe-se com a acumulação do cargo com outras funções.
E iria mais longe : Deve ser proibido ler jornais durante as sessões parlamentares e estar a atender telemóveis. Não sendo própriamente eu um moralista choca-me a displicência com que os deputados fazem questão de exibir estes comportamentos durante o funcionamento do orgão de soberania.
E se são como os outros cidadãos (aliás como o presidente do grupo parlamentar do PS afirmou) tem de existir um controlo efectivo dos seus deveres.
Não concordo com a tese de que teremos de eleger outros deputados ou membros para as listas dos partidos. Deve ser ao contrário.
Quem for eleito deve obrigatóriamente de cumprir um minimo de regras.
Já que se fala na acumulação eu não podia estar mais de acordo. Acabe-se com a acumulação do cargo com outras funções.
E iria mais longe : Deve ser proibido ler jornais durante as sessões parlamentares e estar a atender telemóveis. Não sendo própriamente eu um moralista choca-me a displicência com que os deputados fazem questão de exibir estes comportamentos durante o funcionamento do orgão de soberania.
Mas esta vergonha foi extensiva a muitos autarcas deste país, e em particular do distrito de Setúbal.
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