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2006-05-19

 

Da Vinci code, nota geográfica

Mais uma vez um post de MC inspirou-me e deu-me um pretexto para vos chamar a atenção para uma liberdade literário-geográfica de Dan Brown no "Da Vinci code". Quem lê o livro sabe que o autor coloca o transepto da igreja de Saint Sulpice e a pirâmide invertida do Louvre no meridiano de Paris.

Ora o meridiano é definido pelo observatório de Paris e se olharem bem para um mapa (ou imagem satélite) podem ver que na verdade tanto a pirâmide como a igreja ficam a Oeste do meridiano. Fica um pretexto para vos fazer visitar uma imagem satélite de Paris na qual o obervatório está no meio do bordo inferior (no enfiamento do jardim do Luxemburgo) e o Louvre no meio do bordo superior (distingue-se bem a partir da "Cour Carrée"). A igreja de Saint Sulpice em ampliação máxima pode ser vista aqui.
Comments:
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Viva Pedro.
Em 1º lugar, obrigado. Não conhecia estas funcionalidades do Google. Andei a "viajar" por Paris quase toda a manhã.
Em 2º lugar, não ficando exactamente alinhado com o meridiano de Paris, se o Brown flexibilizou o conceito, imaginando uma faixa de 15º, a coisa aceita-se...
Em 3º lugar, pode tratar-se de um ajuste de contas dos americanos com os franceses que, segundo parece, só vieram a adoptar as resoluções de 1884 lá pata 1911. A escolha do meridiano, como tu sabes (certamente melhor que eu) teve uma dimensão política apreciável.
Já agora, gostava de saber a tua opinião sobre o impacto cultural da ficção do Brown aí por França.
Abraço
 
Viva Manuel
Quando li no teu post precedente a parte sobre os criticos e a etiqueta de literatura de aeroporto achei que esta se podia aplicar à França.
O maior impacto cultural do livro é sem duvida a enorme popularidade do Louvre. Até o Eurostar esfrega as mãos com os grupos de turistas Britanicos que vêm a Paris so para ir ver o Louvre.

Mais caricata é a atitude do padre de Saint Sulpice que, face à afluencia de curiosos, afixou um texto para desmentir as teorias do livro.

A igreja patrocinou tambem varios desmentidos na imprensa com reportagens sobre o verdadeiro Priorado de Sião que, segundo consta, era uma organização fundada por um tipo de extrema direita e que nunca passou de um punhado de aderentes.

Esta semana, pela primeira vez, um bispo teve uma reacção razoavel.
 
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